POTENCIAL

“Não vejo razão para crescermos menos do que a média mundial”, diz Haddad

Por Redação - Em 28/08/2024 às 3:38 PM

Fernando Haddad Foto Ministério Da Fazenda

O ministro também mencionou os esforços realizados desde dezembro de 2022 para reequilibrar as contas públicas FOTO: Ministério da Fazenda

Em um discurso durante a 25ª Conferência Santander, realizada em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou sua confiança no potencial do Brasil para alcançar crescimento econômico em níveis semelhantes ou superiores à média global. Segundo Haddad, não há razão para que o país cresça menos que a média mundial e enfatizou a necessidade de transformar essa média global em um piso para o crescimento da economia brasileira.

Durante o painel que encerrou o primeiro dia do evento, Haddad destacou a convergência de fatores positivos na economia nacional, como a recuperação das contas públicas, os diferenciais competitivos do Brasil, a boa inserção nos mercados internacionais e a posição geopolítica favorável. Ele citou a transição verde e as boas relações do Brasil com países como Estados Unidos, Europa e China como aspectos que favorecem o crescimento.

O ministro também mencionou os esforços realizados desde dezembro de 2022 para reequilibrar as contas públicas, que incluem a aprovação do Novo Arcabouço Fiscal e a primeira etapa da Reforma Tributária. Essas medidas, segundo Haddad, são essenciais para solidificar a expectativa de um crescimento econômico sustentável.

Em relação à meta de resultado primário estabelecida pelo arcabouço fiscal, Haddad afirmou que, se tudo correr conforme o planejado no Senado, o governo conseguirá cumprir a meta para 2024. Ele destacou as medidas adotadas para garantir o cumprimento das metas fiscais, como a recente contenção de despesas de R$ 15 bilhões e a revisão de gastos públicos.

O ministro também expressou otimismo quanto ao desempenho econômico, observando que alguns bancos estão projetando um crescimento superior a 3% para este ano, antecipando uma revisão para cima da estimativa oficial de crescimento da Secretaria de Política Econômica, que atualmente é de 2,5%.

Emprego

Haddad destacou indicadores positivos que comprovam a retomada da economia, como o recorde na geração de empregos e a inflação sob controle. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) mostraram a criação de 201.705 novos postos de trabalho em junho de 2024, e um saldo positivo de 1.727.733 empregos com carteira assinada entre julho de 2023 e junho deste ano. Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma inflação de 0,38% em julho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar dos avanços, Haddad reconheceu que o Brasil ainda enfrenta desafios e confiou no apoio do Congresso e do Poder Judiciário para superar as dificuldades. Ele reafirmou seu otimismo quanto ao futuro econômico do país e a importância do trabalho harmônico entre os Poderes para eliminar o ciclo de déficits fiscais e estabelecer um ciclo de crescimento sustentável.

O discurso de Haddad foi um reflexo da confiança do governo na recuperação econômica do Brasil e nos esforços contínuos para garantir um futuro econômico mais sólido e estável.

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