A Aneel destacou que o sistema de bandeiras tarifárias permite ao consumidor fazer escolhas mais conscientes sobre o consumo de energia FOTO: Agência Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a conta de luz em setembro terá bandeira vermelha patamar 2, o que resultará em um custo extra de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. O aumento foi justificado pela previsão de chuvas abaixo da média, que deve ser cerca de 50% menor do que o esperado, segundo o governo.

Com a redução das chuvas, os níveis dos reservatórios no país ficarão mais baixos, obrigando o acionamento de termelétricas, que possuem custo de operação mais elevado em comparação com as hidrelétricas. A última vez que a bandeira vermelha patamar 2 foi acionada foi em agosto de 2021. Desde abril de 2022, o Brasil vinha mantendo uma sequência de bandeiras verdes, com exceção de julho de 2024, quando foi adotada a bandeira amarela, seguida novamente pela verde em agosto.

A Aneel destacou que o sistema de bandeiras tarifárias permite ao consumidor fazer escolhas mais conscientes sobre o consumo de energia, contribuindo para a redução dos custos de operação do sistema elétrico. Antes da implementação das bandeiras, os custos de operação eram repassados apenas nos reajustes tarifários anuais, o que não permitia que os consumidores tivessem informações imediatas sobre o aumento dos preços.

Dicas para economizar energia

Com o aumento da tarifa e a previsão de uma forte onda de calor em várias regiões do país em setembro, economizar energia elétrica se torna essencial. Algumas medidas simples podem ajudar a reduzir o consumo e o impacto da bandeira vermelha na conta de luz.

Troca de lâmpadas: Substituir lâmpadas fluorescentes, incandescentes e halógenas por modelos de LED é uma das recomendações básicas. As lâmpadas de LED podem durar até 30 mil horas, além de serem mais eficientes em termos de consumo de energia.

Selo Procel: Na hora de comprar novos eletrodomésticos, priorize aqueles que possuem o selo Procel. Este selo, parte do Programa Nacional de Conservação da Energia Elétrica (PROCEL), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, indica que o produto é eficiente e econômico.

Uso de ventiladores: Em períodos de calor intenso, como o previsto para setembro, o uso de ventiladores pode ser uma alternativa mais econômica ao ar-condicionado. Embora não garantam a estabilidade na climatização, os ventiladores consomem menos energia. Ao escolher um ventilador, verifique a etiqueta do Inmetro, que informa a vazão do aparelho. Modelos com maior vazão proporcionam melhor ventilação com o mesmo consumo de energia.

Ar-condicionado: Se optar pelo uso do ar-condicionado, é importante verificar a etiqueta do Inmetro para checar o consumo anual de energia do aparelho. Para calcular o valor que será cobrado, multiplique a energia consumida pelo aparelho em kWh pela tarifa de energia vigente na sua região.

Refrigeradores: O refrigerador é um dos eletrodomésticos que mais consomem energia em uma casa. Na hora de adquirir um novo, verifique a classificação de eficiência energética, que varia de A+++ (mais eficientes) a C (menos eficientes). Práticas como evitar abrir a geladeira com frequência, não colocar alimentos quentes dentro do refrigerador e verificar as condições das borrachas das portas podem ajudar a reduzir o consumo de energia. Além disso, evitar secar roupas no condensador do refrigerador é outra maneira de evitar o aumento no consumo de energia.