O setor de Serviços lidera o panorama das novas aberturas, representando cerca de 61% do total de negócios inaugurados nos primeiros oito meses de 2024 FOTO: Freepik

O Brasil alcançou um marco significativo no setor de empreendedorismo em 2024, com a criação de 2,8 milhões de pequenas empresas ao longo do ano. Este número expressivo é impulsionado por um aumento notável na abertura de novos negócios, especialmente no mês de julho, que registrou o maior volume de aberturas até agora.

De acordo com um levantamento realizado pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal do Brasil, quase 378 mil empresas foram estabelecidas apenas em julho. Este desempenho robusto, aliado aos resultados positivos dos meses de abril e agosto, destaca uma tendência crescente no setor de pequenas empresas no país.

O setor de Serviços lidera o panorama das novas aberturas, representando cerca de 61% do total de negócios inaugurados nos primeiros oito meses de 2024, o que corresponde a 1,7 milhão de novas empresas. O Comércio segue em segundo lugar com 25,6%, enquanto a Indústria, a Construção e a Agropecuária completam a lista com 7,9%, 7% e 0,7%, respectivamente.

Décio Lima, presidente do Sebrae, expressou otimismo em relação aos resultados, destacando a resiliência e o entusiasmo dos empreendedores brasileiros. “A economia está no rumo certo. Mais uma vez, o presidente Lula desafia as previsões econômicas no Brasil. No ano passado, o FMI previa um crescimento de apenas 0,8%, e alcançamos quase 3%. No último trimestre deste ano, a previsão era baixa para o PIB, e conseguimos um crescimento de 1,4%. O Sebrae acredita em um desenvolvimento econômico mais inclusivo. Estamos em uma aliança global contra a fome e a pobreza, e o empreendedorismo tem sido fundamental nesse processo. Mais de 24 milhões de brasileiros saíram do mapa da fome, e isso é uma conquista coletiva”, afirmou Lima.

Entre as atividades mais populares para novos empreendimentos, “promoção de vendas” lidera com 123,5 mil registros, seguida por “serviços de apoio administrativo” (98,3 mil), “comércio varejista de roupas e acessórios” (95,7 mil), “cabeleireiro, manicure e pedicure” (85,3 mil), “transporte rodoviário de cargas” (71 mil), “obras de alvenaria” (66 mil) e “atividades auxiliares de transporte terrestre” (60,1 mil).

No que diz respeito ao porte das novas empresas, os microempreendedores individuais (MEI) foram responsáveis por aproximadamente 78% das novas aberturas, totalizando 2,1 milhões de negócios. Apenas em agosto, foram criados 277,5 mil novos CNPJs nessa categoria. No mesmo período, foram registradas 554 mil novas microempresas e 126,8 mil novas empresas de pequeno porte (EPP), que têm faturamento anual até R$ 360 mil.