O Porto de Fortaleza alcançou um marco significativo no primeiro semestre deste ano, ao registrar o maior volume de importação de trigo em cinco anos. Com 577 mil toneladas do grão recebidas entre janeiro e junho, houve um aumento de 7,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram importadas 537 mil toneladas. Esse crescimento na importação reflete uma estabilidade na série histórica da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que desde 2019 tem mostrado chegadas de trigo superiores a 500 mil toneladas.

Porto de Fortaleza tem recebido volumes expressivos de trigo importado

Tal desempenho reforça a importância do Porto de Fortaleza como um polo estratégico para a movimentação de trigo no Brasil. O grão é processado na capital cearense por três grandes moinhos brasileiros, o M. Dias Branco, o Moinho Dona Benta (Grupo J. Macêdo) e o Grande Moinho Cearense. Neles são processadas a farinha e o farelo de trigo, que são utilizados na fabricação de massas e biscoitos, alimentando uma forte cadeia produtiva brasileira.

Ainda de acordo com o levantamento da Antaq, a importação de trigo que vem para o Ceará é oriundo, principalmente, da Argentina (41,4%), da Rússia (29,3%) e do Uruguai (20,3%). E todo esse processo é realizado pelo Terminal de Grãos de Fortaleza (Tergran), empresa criada pelos três moinhos para tratar de toda a logística e distribuição do grão.

Desde o ano 2000 a Tergran é a responsável pelas operações do armazém A-2, do Porto de Fortaleza e, em 2021, também realizou o arrendamento do Terminal de Granel Sólido Vegetal, com uma operação de outorga da ordem de R$ 1 milhão. O prazo de arrendamento é de 25 anos e neste período os três moinhos deverão realizar R$ 50 milhões em investimentos nos dois terminais de trigo existentes na capital cearense.