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O debate realizado pela TV Otimista com os candidatos à Prefeitura de Fortaleza, nesta segunda-feira, 16, evidenciou o clima de polarização na campanha e revelou a tática de confrontos diretos entre alguns dos principais concorrentes. A exclusão de Eduardo Girão (Novo) após decisão da Justiça Eleitoral, além de gerar uma quebra na dinâmica do evento, reforçou o impacto das questões judiciais sobre a condução das campanhas.

A discussão entre André Fernandes (PL), Capitão Wagner (União Brasil) e José Sarto (PDT) dominou o encontro, com Wagner articulando uma narrativa estratégica ao afirmar que o PT estaria interessado em enfrentar Fernandes em um eventual segundo turno, sugerindo que ele seria “facilmente desmontado” em um confronto com o candidato petista, Evandro Leitão. Essa análise demonstra como os candidatos estão conscientes das movimentações políticas e dos cenários possíveis no desenrolar da campanha.

A troca de ataques pessoais também foi um dos pontos marcantes, especialmente quando Sarto e Wagner trouxeram à tona vídeos antigos de Fernandes, utilizados em propagandas eleitorais para questionar sua aptidão como gestor público. A menção ao vídeo em que Fernandes aparece cheirando sal ilustra a intensidade dos ataques que extrapolam a mera discussão de propostas, apelando para a desconstrução da imagem dos adversários. Fernandes se defendeu, afirmando que o material foi manipulado, numa tentativa de redirecionar o foco para a narrativa que considera falsa.

Outro momento de tensão ocorreu quando Fernandes mencionou o acidente de carro sofrido por Sarto em 2023, insinuando que o prefeito estaria embriagado, acusação que gerou forte reação de Sarto, que negou a alegação. A troca de acusações e a defesa enfática de Sarto trouxeram à tona como eventos pessoais dos candidatos podem ser usados como munição em debates públicos, transformando questões individuais em elementos da disputa política.

Este debate, além de expor as diferenças programáticas, reforçou o tom agressivo das campanhas e indicou que o foco nas questões pessoais, mais do que nos projetos para a cidade, tende a dominar o cenário até o fim da corrida eleitoral.