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Na última semana de campanha antes do primeiro turno das eleições em Fortaleza, os candidatos André Fernandes (PL) e Sarto (PDT) recorreram à Justiça Eleitoral pedindo direito de resposta em meio a ataques mútuos. Ambos obtiveram o direito, mas optaram por usar o espaço para autopromoção em vez de se defender das acusações.

André Fernandes conseguiu o direito de resposta após a equipe de Sarto divulgar vídeos antigos do deputado, nos quais ele faz declarações interpretadas como ofensivas a mulheres. Em resposta, Fernandes publicou um vídeo de um ato político, no qual era ovacionado por apoiadores e afirmou que o prefeito tentou manipulá-lo contra as mulheres, mas “esqueceu de combinar com elas”.

Sarto, por sua vez, recebeu o direito de resposta após Fernandes acusá-lo de pressionar servidores terceirizados a participarem de sua campanha. Em sua réplica, o pedetista publicou um vídeo de um evento de campanha, em que aparecia com apoiadores cantando seu jingle e vestindo sua cor de campanha.

Segundo especialistas, o uso do direito de resposta para autopromoção é permitido pela legislação eleitoral. O advogado Fernandes Neto, da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-CE, afirmou que, embora a finalidade do direito seja desmentir acusações inverídicas, os candidatos podem optar por usar o espaço de maneira estratégica, como forma de promover suas campanhas.

A disputa nas redes sociais entre os dois candidatos, especialmente no uso de vídeos e declarações, tem sido um dos destaques desta fase final da campanha. A Justiça Eleitoral alerta que o uso indevido de mídias digitais pode resultar em multas, reforçando a importância do cumprimento das regras de propaganda eleitoral.