Disputa pelo Executivo

“Contra a extrema-direita”: Camilo e Evandro apontam o tom da campanha no 2º turno em Fortaleza

Por Redação IN Poder - Em 07/10/2024 às 3:50 PM

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Camilo Santana, Evandro Leitão e Elmano de Freitas durante carreata pela Capital. Foto: Reprodução

A campanha do PT em Fortaleza ajustou sua estratégia para o segundo turno, mirando em um embate direto contra o bolsonarismo. O candidato petista, Evandro Leitão, o governador Elmano de Freitas e o ministro da Educação, Camilo Santana, alinharam seus discursos para reforçar a narrativa de que a disputa agora é contra a extrema direita representada por André Fernandes (PL). Leitão, em suas primeiras declarações após o resultado do primeiro turno, foi enfático ao afirmar que a nova fase da campanha precisará expor o adversário como símbolo do bolsonarismo no Ceará, citando o envolvimento de Fernandes nos acontecimentos de 8 de janeiro.

Dentro do partido, há uma percepção de que a campanha deveria ter mostrado mais explicitamente a ligação de Fernandes com Jair Bolsonaro já no primeiro turno, algo que, segundo avaliações, o próprio candidato do PL tentou minimizar. Para o PT, a associação com o ex-presidente será central no segundo turno. Evandro Leitão deixou claro que o confronto é entre “democratas e negacionistas”, destacando que a agenda de Fernandes é contrária a conquistas populares, como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Farmácia Popular, políticas que ele promete defender.

Camilo Santana e Elmano de Freitas reforçaram essa linha de ataque, mencionando que Fernandes não apenas se distanciou de Bolsonaro, mas também apoiou pautas antidemocráticas e iniciativas contrárias à saúde pública, como a campanha contra a vacinação durante a pandemia. Para os petistas, o embate no segundo turno será uma escolha clara entre dois projetos: um que promove políticas de inclusão e outro que, segundo eles, busca retrocessos sociais. A expectativa agora é mobilizar uma ampla frente de apoio em torno da candidatura de Leitão.

Além de destacar a necessidade de união contra o que chamam de “extrema direita”, a campanha de Leitão busca alianças com forças políticas que ficaram de fora do segundo turno. O petista afirmou que pretende dialogar com todos os que compartilham a visão de um Ceará democrático, citando nominalmente nomes como o atual prefeito José Sarto (PDT) e o ex-candidato Capitão Wagner (União Brasil). Leitão argumenta que sua candidatura vai além de questões partidárias, sendo um projeto coletivo em defesa da democracia e do bem-estar social.

O discurso de André Fernandes, por outro lado, segue na linha de confrontar o PT como seu principal adversário, afirmando que o “mal maior” a ser combatido é o petismo. O candidato do PL agradeceu o apoio do senador Eduardo Girão (Novo) e disse estar aberto a novas alianças, mas o embate promete ser acirrado. Com uma narrativa centrada em valores conservadores, Fernandes tentará capitalizar sobre o desgaste do PT no Estado, enquanto Leitão e sua equipe trabalham para consolidar uma frente ampla em defesa de suas bandeiras sociais.

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