APONTA IBGE

Ceará e Minas Gerais se destacam no aumento da produção industrial em agosto

Por Redação - Em 08/10/2024 às 10:56 AM

Produção Industrial, Indústria, Trabalhadoras, Mulheres, Fábrica De Calçados Foto Cni

O setor industrial cearense teve um desempenho notável, com crescimento de 2,7% em agosto, acumulando um aumento de 6,2% nos últimos três meses FOTO: CNI

A produção industrial brasileira apresentou uma variação positiva de 0,1% na passagem de julho para agosto, conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional. O crescimento foi observado em cinco dos 15 locais analisados. Ceará registrou a maior alta, com 2,7%, seguido por Minas Gerais, que teve um aumento de 1,8%.

Na comparação com agosto de 2023, a indústria cresceu 2,2%, com 12 dos 18 locais pesquisados mostrando resultados positivos. No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento foi de 2,4%, com 17 dos 18 locais analisados apresentando crescimento. No acumulado do ano, a expansão foi de 3,0%, com resultados positivos em 16 dos 18 locais. Atualmente, a produção industrial nacional está 1,5% acima dos níveis pré-pandemia.

Os dados foram divulgados pelo IBGE. O analista da PIM Regional, Bernardo Almeida, comentou que a melhora em agosto ocorre após um desempenho negativo em julho, que registrou queda de 1,4%. A queda da taxa de desemprego e o aumento no rendimento médio das famílias foram fatores que contribuíram para o crescimento da indústria, embora a alta taxa de juros tenha limitado os impactos positivos.

O setor industrial cearense teve um desempenho notável, com crescimento de 2,7% em agosto, acumulando um aumento de 6,2% nos últimos três meses. Os setores de artefatos de couro e produtos químicos foram os principais responsáveis por esse resultado. Minas Gerais, com crescimento de 1,8%, também apresentou um ganho acumulado de 9,2% nos últimos três meses, impulsionado pelos setores extrativo e de produtos químicos.

Em contraste, São Paulo, que possui o maior parque industrial do país, apresentou uma queda de 1,0%, acumulando uma perda de 2,4% nas últimas duas medições. Os setores de derivados do petróleo e de máquinas tiveram influência negativa no desempenho da indústria paulista. Mesmo com a queda, a produção em São Paulo permanece 0,6% acima dos níveis pré-pandemia, mas 22,1% abaixo do pico alcançado em março de 2011.

Retrações

Entre os estados que registraram quedas significativas estão Pará (-3,5%), Paraná (-3,5%) e Rio Grande do Sul (-3,0%). A queda no Paraná se deu após dois meses de crescimento. No Rio Grande do Sul, as atividades de celulose e produtos de fumo impactaram negativamente, enquanto no Pará, a metalurgia e minerais não metálicos contribuíram para a maior queda em valores absolutos.

Na comparação com agosto de 2023, o setor industrial teve alta de 2,2%, com 12 dos 18 locais observados apresentando resultados positivos. Ceará teve o maior crescimento, com 17,3%, seguido por Pará (16,9%) e Mato Grosso do Sul (12,4%). Minas Gerais também apresentou um crescimento significativo de 7,3%.

Por outro lado, o Rio Grande do Norte apresentou a maior queda, com -22,6%, devido à atividade de coque e produtos derivados do petróleo. Outras quedas foram registradas no Espírito Santo (-6,0%) e Rio Grande do Sul (-5,2%).

A PIM Regional fornece, desde a década de 1970, indicadores sobre a produção das indústrias extrativas e de transformação, com dados mensais para 17 unidades da federação.

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