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O deputado federal José Guimarães (PT), líder do governo na Câmara dos Deputados, confirmou seu apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala de trabalho 6×1, defendendo que a mudança traria melhorias significativas para a vida dos trabalhadores brasileiros. A iniciativa, de autoria da deputada Erika Hilton (Psol-SP), sugere substituir a carga de seis dias consecutivos de trabalho por um novo modelo 4×3, que garantiria mais dias de folga sem alterar a carga horária semanal ou impactar os salários.

Em suas redes sociais, Guimarães destacou que a proposta reflete o desejo de muitos trabalhadores de ter mais tempo para lazer, convívio familiar e desenvolvimento pessoal. Segundo o parlamentar, a medida também teria potencial para gerar novas oportunidades de emprego, distribuindo melhor as jornadas semanais. “A PEC é um passo importante para melhorar a qualidade de vida de todos e merece uma mobilização nacional de apoio”, afirmou.

A PEC de Hilton foi inspirada pelo movimento “Vida Além do Trabalho” e visa pressionar o Legislativo a repensar regras estabelecidas desde a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943. Apesar das reformas trabalhistas mais recentes, como a de 2017, a escala 6×1 permanece intocada, deixando muitos trabalhadores sem a possibilidade de equilibrar vida pessoal e profissional. O novo modelo 4×3 tem o apoio de 1,3 milhão de pessoas que assinaram uma petição pública em sua defesa.

Com a adesão de Guimarães e o apoio crescente nas redes sociais, o projeto começa a ganhar força no Congresso. No início desta semana, já contava com mais de 100 assinaturas de parlamentares, aproximando-se das 171 necessárias para iniciar a tramitação na Câmara. Além disso, é possível que o apoio governista impulsione outras lideranças a se posicionarem em favor da proposta.

Para seguir em frente, a PEC precisa reunir apoio não só entre os deputados, mas também no Senado, onde é necessária a adesão de pelo menos 27 senadores. A movimentação em torno do projeto tem incentivado discussões sobre as condições de trabalho no país, e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa a avaliar o impacto de uma eventual aprovação da medida no cenário trabalhista nacional.