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Em declaração nesta quinta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que as explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, são fruto do ódio político enraizado no Brasil nos últimos anos. Segundo Moraes, é essencial responsabilizar os envolvidos nos ataques e rejeitar qualquer tentativa de anistia aos participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. “A pacificação é necessária, mas não será feita com perdão aos criminosos”, declarou.

O ataque, ocorrido na noite de quarta-feira, deixou uma vítima fatal: Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Segundo as autoridades, o homem morreu próximo à estátua da Justiça, em frente ao STF, após uma série de explosões. Policiais inspecionaram o local em busca de outros explosivos antes de remover o corpo. Moraes, que é relator do inquérito sobre os atos de janeiro, apontou a gravidade do ataque e ressaltou que ações desse tipo são consequências do incentivo ao discurso de ódio contra o Judiciário e outras instituições. “O criminoso anistiado é um criminoso impune, e a impunidade gera mais agressividade, como gerou ontem”, disse.

O ministro também abordou a necessidade urgente de regulamentação das redes sociais, apontando que o ataque reforça a importância desse debate. Para Moraes, o uso irresponsável dessas plataformas tem alimentado o discurso de ódio e a incitação à violência. Ele defendeu a criação de mecanismos para controlar a disseminação de conteúdos que ameacem a democracia e incentivem atos violentos, afirmando que não se pode tolerar agressões à estabilidade democrática.