APÓS DUAS ALTAS CONSECUTIVAS
Produção industrial brasileira recua 0,2% em outubro
Por Redação - Em 04/12/2024 às 10:38 AM
Em outubro de 2024, a produção industrial brasileira registrou uma queda de 0,2% em relação ao mês anterior, interrompendo uma sequência de dois meses de crescimento. No entanto, na comparação com o mesmo mês de 2023, a indústria apresentou um aumento de 5,8%, mantendo uma trajetória positiva pelo quinto mês consecutivo. Esse desempenho também refletiu no acumulado de 2024, com crescimento de 3,4% nos primeiros dez meses do ano.
No setor, a maior variação negativa foi observada em coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que recuaram 2,0% após alta de 4,7% em setembro. Outros setores que apresentaram queda foram bebidas (-1,1%) e indústrias extrativas (-0,2%). Em contrapartida, o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias teve o maior impacto positivo, com um avanço de 7,1%. Outros setores que contribuíram para o crescimento da produção foram confecção de artigos do vestuário e acessórios (14,1%), produtos químicos (2,8%), e metalurgia (2,1%).
A produção de bens de consumo semi e não duráveis foi o único grupo entre as grandes categorias econômicas a registrar queda (-0,7%). Já bens de consumo duráveis, com alta de 4,4%, lideraram os resultados positivos, interrompendo uma sequência de dois meses de declínio. Bens de capital e bens intermediários também mostraram avanços de 1,6% e 0,4%, respectivamente.
Em termos de média móvel trimestral, a produção industrial avançou 0,3% no trimestre encerrado em outubro, mantendo a tendência de crescimento iniciada em setembro de 2023. Esse comportamento foi impulsionado por bens de capital (0,7%), bens intermediários (0,6%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,1%). Por outro lado, bens de consumo duráveis apresentaram uma queda de 0,2%.
No índice acumulado de janeiro a outubro, a produção industrial registrou um crescimento de 3,4%. As maiores influências positivas vieram de veículos automotores (12,1%), produtos alimentícios (2,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,0%). No entanto, a produção de produtos farmoquímicos e farmacêuticos foi a principal contribuição negativa, com uma redução de 3,6%.
Em relação às grandes categorias econômicas, os bens de consumo duráveis e bens de capital apresentaram os maiores crescimentos, com 9,8% e 8,3%, respectivamente, destacando-se pela produção de eletrodomésticos e automóveis no primeiro caso, e de equipamentos de transporte no segundo. Já bens intermediários e bens de consumo semi e não duráveis tiveram aumentos mais modestos, de 2,6% e 3,4%, respectivamente.