SEGUNDO CBIC

Construção civil supera expectativas e cresce 4,1% em 2024

Por Redação - Em 16/12/2024 às 11:43 AM

O setor também registrou números expressivos em lançamentos e vendas de imóveis. Até setembro, foram lançadas 259.863 unidades, um aumento de 17,3% em relação ao mesmo período de 2023

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) revisou suas projeções de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil em 2024, estimando uma alta de 4,1%, um patamar significativamente superior ao inicialmente previsto. Em entrevista coletiva, a economista da Cbic, Ieda Vasconcelos, destacou que o desempenho do setor neste ano foi surpreendente, com “algumas notícias positivas ao longo do ano”, que contribuíram para o aumento da previsão.

Este é o quarto reajuste nas projeções de crescimento do PIB da construção feito pela CBIC em 2024. No início do ano, a previsão era de um crescimento de 1,3%. Desde então, as projeções foram revistas sucessivamente, para 2,3% em abril, 3,0% em julho, 3,5% em outubro, até o atual patamar de 4,1%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB da construção civil já cresceu 4,1% nos três primeiros trimestres de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Vasconcelos atribui o resultado ao dinamismo da economia brasileira e ao bom desempenho do mercado imobiliário, com o nível de emprego e a renda em ascensão, o que manteve a demanda por imóveis aquecida. Além disso, a ampliação dos financiamentos bancários e os incentivos ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) foram fatores fundamentais para esse crescimento.

O setor também registrou números expressivos em lançamentos e vendas de imóveis. Até setembro, foram lançadas 259.863 unidades, um aumento de 17,3% em relação ao mesmo período de 2023. As vendas somaram 292.557 unidades, um crescimento de 19,7%. O número de vendas superou o de lançamentos, indicando um mercado robusto e em expansão.

Outro fator que impulsionou o crescimento do PIB da construção foi o aumento na produção de materiais, que subiu 5,3% no ano, impulsionada pelo consumo das famílias para pequenas obras e reformas. Além disso, o aumento dos investimentos em obras públicas, especialmente associadas às eleições municipais, também contribuiu para os bons resultados.

Em termos de emprego, o setor gerou 230,8 mil vagas de trabalho de janeiro a outubro, o que fez o número total de pessoas empregadas na construção civil alcançar 2,978 milhões, se aproximando do recorde histórico de 3,063 milhões, registrado em 2014.

Com esses resultados positivos, a construção civil no Brasil se consolida como um dos principais motores da economia em 2024, com forte impacto tanto no mercado de trabalho quanto na produção e comercialização de imóveis.

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