8 de janeiro
Lula celebra resistência democrática e reforça compromisso com justiça social após tentativa de golpe
Por Redação IN Poder - Em 08/01/2025 às 2:42 PM
Em cerimônia realizada nesta quarta-feira, 8, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou os dois anos da tentativa frustrada de golpe de Estado em 2023. Durante seu discurso, Lula celebrou a resistência democrática e afirmou: “Hoje é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui. Estamos aqui para dizer que estamos vivos e que a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 8 de janeiro de 2023”. A fala fez referência à data simbólica e também trouxe um paralelo com o filme *Ainda Estou Aqui*, que retrata a luta de Eunice Paiva contra a ditadura militar.
A cerimônia, que contou com a presença de ministros, parlamentares, governadores e representantes dos Três Poderes, também teve momentos de grande simbolismo. Lula recebeu de volta 21 obras de arte e peças históricas que foram vandalizadas durante a invasão de 2023, incluindo o relógio suíço do século 18, que pertenceu a Dom João VI, e a pintura As Mulatas, de Di Cavalcanti. O evento seguiu com o “Abraço da Democracia”, que reuniu movimentos sociais e populares na Praça dos Três Poderes.
O presidente também usou o momento para afirmar que a democracia é um processo contínuo e ressaltou que ela será plena somente quando todos os brasileiros, sem exceção, tiverem acesso a direitos fundamentais como alimentação, saúde, educação, segurança e cultura. “Democracia para poucos não é democracia plena”, destacou. Lula reafirmou seu compromisso com a luta por igualdade, justiça social e direitos para minorias, defendendo o fim da discriminação racial, a garantia dos direitos indígenas e a igualdade de gênero.
Além disso, o presidente enfatizou a importância das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro e a punição dos responsáveis. “Os responsáveis pelo 8 de janeiro estão sendo investigados e punidos. Ninguém será preso injustamente, mas todos pagarão pelos crimes que cometeram”, afirmou, destacando as apurações sobre planos de assassinato contra ele, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Agência Brasil