Foto: JHONN ZERPA/MIRAFLORES PALACE

Nicolás Maduro foi empossado nesta sexta-feira, 10, para seu terceiro mandato como presidente da Venezuela, que se estenderá até 2031. Durante a cerimônia realizada na Assembleia Nacional, em Caracas, o líder chavista ressaltou a resiliência de seu governo diante das pressões internacionais e protestos da oposição. “Essa posse constitucional não puderam impedir. É uma grande vitória da democracia venezuelana e da estabilidade que queremos”, declarou.

A oposição, liderada por Edmundo González, contesta os resultados da eleição de julho de 2024, que deram a Maduro 51,9% dos votos contra 43,1% de González. Alegando fraude e a ausência de transparência na divulgação de dados por mesa de votação, a oposição promoveu atos em várias regiões do país. Maduro, porém, rejeitou as críticas, afirmando que seu poder vem do povo e não de “governos pró-imperialistas”.

No discurso de posse, Maduro anunciou a criação de uma comissão para elaborar uma proposta de reforma constitucional em 2025. A medida visa atualizar a Constituição de 1999, adaptando-a às novas realidades sociais e tecnológicas. “Queremos defender o país das ameaças tecnológicas e construir uma sociedade humanista e democrática”, explicou.

Em meio a um cenário econômico em recuperação, a posse de Maduro ocorre enquanto a Venezuela tenta superar os efeitos de uma crise prolongada, marcada por hiperinflação e migração em massa. Apesar do bloqueio internacional, o país registrou crescimento do PIB de 6,2% em 2024, segundo a Cepal, embora os salários permaneçam aquém das necessidades da população.