APONTA FEBRABAN

Uso de cheques no Brasil cai 18,4% em 2024, mas documento ainda tem importância no pagamento de grandes valores

Por Redação - Em 24/01/2025 às 12:01 AM

Cheque Foto Pixabay

Em relação a 1995, o uso de cheques recuou 95,87% FOTO: Pixabay

O uso de cheques no Brasil registrou uma queda de 18,4% em 2024, em comparação com o ano anterior. De acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), foram compensados 137,6 milhões de cheques no último ano, o que representa uma redução de 95,87% desde 1995, quando o número de cheques compensados era de impressionantes 3,3 bilhões. As informações foram obtidas a partir da Compe, o Serviço de Compensação de Cheques.

Embora o cheque tenha perdido relevância ao longo dos anos, o total financeiro registrado em 2024 ainda é considerável. O volume financeiro dos cheques compensados no ano passado somou R$ 523,19 bilhões, uma diminuição de 14,2% em relação a 2023. Apesar de seu uso estar em declínio, o documento de pagamento ainda persiste em uma parcela do mercado brasileiro, em especial para transações de maior valor.

O diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria, explica que a resistência de uma parte dos clientes a meios de pagamento digitais e a falta de infraestrutura tecnológica em algumas regiões do país são fatores que contribuem para a manutenção do cheque como uma opção de pagamento. Além disso, o cheque continua a ser utilizado como garantia em compras, especialmente em comércios que não oferecem outras formas de pagamento.

Um dado interessante apontado pela pesquisa é que o valor médio dos cheques tem aumentado. Em 2024, o tíquete médio do cheque foi de R$ 3.800,87, contra R$ 3.617,60 em 2023. Isso indica que o cheque tem sido mais utilizado para transações de valores mais elevados, enquanto os pagamentos do dia a dia, como os de menor valor, têm migrado para o Pix, a ferramenta de transferência instantânea que tem ganhado crescente popularidade no país.

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