Este é o terceiro acordo firmado pela JBS em casos semelhantes

A JBS (JBSS3), gigante do setor de carnes, concordou em pagar 83,5 milhões de dólares para resolver alegações antitruste de que conspirou com outras empresas frigoríficas para restringir a oferta de carne bovina nos Estados Unidos, com o objetivo de inflacionar os preços. A proposta de acordo foi divulgada na última sexta-feira, no tribunal federal de Minnesota, e agora aguarda a aprovação de um juiz.

A ação, movida em 2019, acusava a JBS e outras grandes produtoras de carne bovina de fixar preços, o que violaria a legislação antitruste dos EUA. Apesar de concordar com o pagamento, a JBS negou as alegações e, por meio de um comunicado, classificou as acusações como “frívolas e sem mérito”, afirmando que o acordo seria o melhor caminho para a empresa.

O acordo proposto visa resolver as reivindicações de dois grupos principais: os pecuaristas que venderam gado para abate entre 2015 e 2020, e os investidores que detinham posições em contratos futuros de gado na Chicago Mercantile Exchange. De acordo com os advogados dos reclamantes, milhares de membros estão envolvidos em cada um desses grupos.

Os autores do processo destacaram que o acordo seria “substancialmente justo”, garantindo alívio significativo para todos os que apresentarem reivindicações válidas. O acordo também exige que a JBS coopere nas investigações em andamento contra outros réus, como Tyson Foods, Cargill e National Beef. No entanto, os representantes dessas empresas não se manifestaram imediatamente sobre o assunto.

Este é o terceiro acordo firmado pela JBS em casos semelhantes. Em acordos anteriores, a empresa já concordou em pagar 78 milhões de dólares para resolver alegações de fixação de preços em transações com compradores diretos e outros envolvidos.

O litígio contra a JBS faz parte de um caso mais amplo de investigações antitruste sobre o setor de carne bovina dos Estados Unidos, que envolve algumas das maiores empresas do ramo.