Em resposta à medida, a Boeing afirmou que está buscando alternativas para mitigar os impactos das demissões

A Boeing anunciou, no último sábado (8), que cerca de 400 funcionários serão demitidos de seu programa de foguetes Sistema de Lançamento Espacial, alinhando-se com as revisões do programa Artemis da Nasa e as crescentes expectativas de custos. A empresa informou que enviará avisos de demissão com 60 dias de antecedência aos colaboradores afetados.

A decisão de reduzir a equipe reflete a reavaliação das prioridades do programa Artemis, cujo custo estimado alcança 93 bilhões de dólares até 2025. Estabelecido durante o primeiro mandato do ex-presidente Donald Trump, o programa visa levar astronautas à Lua pela primeira vez desde a missão Apollo 17, da Nasa. No entanto, o programa tem enfrentado atrasos significativos e um aumento contínuo nos custos.

Em resposta à medida, a Boeing afirmou que está buscando alternativas para mitigar os impactos das demissões, com esforços para realocar funcionários dentro da própria empresa, sempre que possível. Um porta-voz da Boeing destacou a prioridade em minimizar a perda de empregos.

Os atrasos no programa Artemis também têm impactado o cronograma das missões. A Artemis 2, que estava inicialmente planejada para o final de 2024, agora está agendada para setembro de 2025. Já a Artemis 3, que seria a primeira missão tripulada a pousar na Lua, foi adiada de 2025 para setembro de 2026.

A revisão no planejamento da Nasa e os ajustes da Boeing refletem as dificuldades enfrentadas no desenvolvimento de tecnologias essenciais para o sucesso das missões lunares, que são cruciais para o avanço da exploração espacial dos Estados Unidos.