O secretário de Infraestrutura do Ceará (Seinfra), Hélio Winston Leitão, participou da solenidade de posse do Sindienergia-CE, representando o governador Elmano de Freitas, e destacou o papel estratégico do setor energético na economia do Estado. Segundo ele, o sindicato tem contribuído de modo decisivo para sua expansão, que atualmente gera mais de 35 mil empregos diretos e 100 mil postos indiretos no Ceará, impactando positivamente milhares de famílias.

Hélio Winston destacou o pioneirismo do Ceará em energias renováveis

Ele ressaltou que a matriz energética é um dos pilares do desenvolvimento econômico cearense e que o Governo do Estado segue comprometido em ampliar suas potencialidades. “Somos pioneiros em energias renováveis, fundamentais para a transição energética. Com mais de 100 empreendimentos em operação, o Ceará já recebeu quase US$ 4 bilhões em investimentos nos últimos quatro anos, e valores semelhantes serão aportados em breve”, afirma.

Potência em renováveis

A vocação do Ceará para produção de energias limpas se consolidou ao longo dos anos. Foi no município de Tauá que, em 2011, o Estado inaugurou a primeira usina solar comercial do Brasil. Desde então, o avanço do setor tem sido exponencial, alcançando 850 megawatts (MW) de potência instalada nessa matriz, posicionando o Ceará como a segunda maior geradora de energia solar distribuída do Nordeste. Além disso, há mais de R$ 3,3 bilhões em novos investimentos projetados para os próximos anos.

O potencial energético cearense impressiona:

🔹 Energia solar fotovoltaica – 643 gigawatts (GW)
🔹 Energia eólica onshore – 94 GW
🔹 Energia eólica offshore – 117 GW

Com um dos maiores potenciais energéticos do mundo, o Ceará vem atraindo o interesse de grandes players globais. O lançamento do Hub de Hidrogênio Verde (H²V), fruto da parceria entre o Governo do Estado, a FIEC e a UFC, coloca o Ceará na vanguarda do setor. “No Complexo do Pecém, já estão previstos investimentos na ordem de US$ 24 bilhões (R$ 138,4 bilhões, na cotação atual), que irão dobrar a geração de empregos na região“, destacou o secretário.

Winston destacou que um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que o Ceará concentra mais da metade dos investimentos bilionários em Hidrogênio Verde (H²V) do Brasil. Além disso, em 2023, o Estado consolidou outra conquista inovadora: foi o primeiro do País a migrar para o Mercado Livre de Energia, graças a um contrato firmado entre a Seinfra e a EDP. “Hoje, mais de 20 equipamentos públicos de alto consumo – incluindo a Arena Castelão, o Centro de Eventos e hospitais regionais – já estão abastecidos com energia limpa“, revela.

Infraestrutura e desafios

Com o volume crescente de investimentos, surge a necessidade de uma infraestrutura robusta para sustentar a expansão do setor. Apenas para atender às demandas do Hub de Hidrogênio Verde e dos novos data centers previstos para serem instalados no Pecém estima-se que será necessário um incremento de 10 GW de potência na região.

“Isso representa um desafio significativo para a infraestrutura de linhas de transmissão e distribuição de energia, exigindo esforço contínuo do Governo do Estado e das empresas do setor. O governador Elmano de Freitas tem atuado pessoalmente junto ao Governo Federal para viabilizar soluções que permitam concretizar esses projetos estruturantes para o Ceará”, pontua.

Por fim, Hélio Winston enfatizou o papel determinante do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, como um dos grandes entusiastas do setor, além de reconhecer o trabalho incansável do presidente do Sindienergia-CE, Luís Carlos Queiroz, cuja dedicação tem sido fundamental para enfrentar os desafios de segmentos no Ceará e no Brasil.