EMANCIPAÇÃO ECONÔMICA
FIEC sedia a primeira reunião estratégica da Prefeitura de Maracanaú em 2025
Por Marcelo Cabral - Em 13/02/2025 às 2:05 PM
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) foi palco da primeira reunião estratégica da Prefeitura de Maracanaú, reunindo representantes de instituições públicas e privadas para debater soluções para a inclusão social e emancipação econômica da população do município. O encontro contou com a presença do presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante; do prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, além de lideranças políticas, empresariais e educacionais cearenses.
O projeto, que será desenvolvido em parceria com diversas instituições, busca superar desafios estruturais, como a falta de mão de obra qualificada e a necessidade de estimular a autonomia financeira das pessoas. Prevê a atuação em conjunto da prefeitura com federações da Indústria, do Comércio e do Transporte (FIEC, Fecomércio-CE e Fetrans) além de universidades e instituições como Sebrae e Banco do Nordeste (BNB). Formado grupo de trabalho multidisciplinar, serão planejadas e executadas ações voltadas ao empreendedorismo, capacitação profissional, acesso ao crédito, cooperativismo e superação da vulnerabilidade socioeconômica.
Transformação social
O presidente da FIEC ressaltou que o objetivo não é extinguir programas sociais, mas criar novas oportunidades de crescimento para aqueles que, hoje, dependem de políticas de transferência de renda. “O Bolsa Família tem um papel essencial, pois ninguém deve ficar desamparado. No entanto, qualquer programa precisa oferecer uma janela de saída. Não se trata de retirar direitos, mas de mostrar que o emprego é uma base que sustenta o país. Temos alternativas para inserir a população nos setores da indústria, comércio, serviços, agricultura e transportes”, afirma Ricardo Cavalcante.
O prefeito de Maracanaú destacou que a elevada dependência da população em relação aos programas de transferência de renda acendeu um alerta sobre a urgência de iniciativas que promovam a autonomia financeira. “Temos 34.000 famílias no CadÚnico em Maracanaú. A gente quer que essas pessoas ganhem mais, fiquem independentes, tenham coragem de ousar. Elas não querem trocar o certo pelo duvidoso, então têm receio de ter a carteira assinada por achar que vão perder o benefício. E também tem o desconhecimento da legislação, o que é o pior”, enfatiza Pessoa.
A proposta da prefeitura é tornar Maracanaú um projeto-piloto para a transição do assistencialismo para a empregabilidade formal, promovendo um modelo sustentável de inclusão social. “Esse é um desafio que ultrapassa os limites do nosso município – é uma questão que afeta toda a sociedade. Precisamos unir esforços, pois há um impacto cultural e ideológico nessa mudança. O Bolsa Família foi concebido como um programa emergencial, mas se tornou permanente. Nosso compromisso é encontrar soluções para que Maracanaú se torne um laboratório de inovação social, mostrando caminhos viáveis para reduzir a dependência do assistencialismo e fortalecer a economia local”, conclui Roberto Pessoa. (Com informações do GCom)