
APONTA SERASA
Metade dos brasileiros desiste de compras online por falta de confiança na segurança
Por Redação - Em 18/02/2025 às 1:01 AM

Os medos mais comuns entre os consumidores são a possibilidade de comprar em sites fraudulentos e não receber o produto
Embora o número de compras online tenha crescido em 2024, a confiança dos brasileiros nas transações digitais diminuiu, apontou uma pesquisa do Serasa Experian. A pesquisa revelou que 48% dos consumidores já desistiram de realizar compras devido à falta de confiança nos sites ou aplicativos.
No último ano, 47% dos brasileiros realizaram de 1 a 3 compras mensais pela internet, o que representa um aumento de 1,6 pontos percentuais em relação a 2023. No entanto, 34% dos consumidores fizeram compras online mais de quatro vezes por mês, enquanto 17% afirmaram não realizar compras online mensalmente. Menos de 1% dos brasileiros ainda evita fazer compras na internet.
Apesar do aumento na frequência de compras, a segurança continua sendo uma preocupação central. A pesquisa indicou uma queda na percepção de segurança, com apenas 43% dos consumidores acreditando que as empresas tomam medidas eficazes para protegê-los, um declínio significativo em relação aos 51% de 2023.
Os medos mais comuns entre os consumidores são a possibilidade de comprar em sites fraudulentos e não receber o produto (41%) ou ter seus dados utilizados por terceiros para realizar compras não autorizadas (41%). Outros receios incluem o vazamento de dados financeiros (37%), invasão de contas (33%) e o vazamento de dados cadastrais (23%).
Uma possível solução para esses problemas é o uso da biometria física. Cerca de 69% dos brasileiros consideram a biometria, como reconhecimento facial, impressão digital e reconhecimento de voz, fundamental para aumentar a segurança nas compras. O uso dessa tecnologia cresceu de 59% para 67% em 2024. No entanto, as fraudes online continuam a ser um desafio crescente. O Serasa Experian registrou mais de um milhão de tentativas de fraudes apenas em novembro de 2024, o que equivale a uma fraude a cada 2,5 segundos.
Em caso de fraude, o advogado especialista em Direito do Consumidor, Stefano Ribeiro Ferri, orienta os consumidores a tomarem medidas imediatas. Entre as ações recomendadas estão o registro de um boletim de ocorrência, o contato com o banco ou operadora de cartão para contestar a compra e solicitar o estorno, e a comunicação com o Procon para registrar a reclamação. Quando a fraude envolver negligência de uma plataforma de pagamento ou banco, o consumidor pode buscar a recuperação do valor judicialmente.
Para evitar cair em golpes, o advogado sugere que os consumidores verifiquem a credibilidade do site, confiram o CNPJ da empresa, desconfiem de ofertas muito abaixo do valor de mercado e prefiram cartões virtuais e meios de pagamento mais seguros. Também é importante não clicar em links suspeitos enviados por e-mail ou WhatsApp e acessar os sites digitando o endereço diretamente no navegador.
Além disso, os consumidores têm direitos garantidos nas compras online, como o direito ao arrependimento, que permite a devolução do produto em até 7 dias após o recebimento, e a exigência de que as empresas forneçam informações claras sobre seus dados cadastrais, como CNPJ e endereço. A proteção dos dados pessoais e a entrega no prazo acordado também são direitos assegurados pela legislação.
As fraudes em Pix e boletos falsos também têm aumentado, alertando para a necessidade de gerenciar pagamentos de forma cautelosa. O advogado recomenda que os consumidores gerem boletos diretamente nos sites oficiais dos bancos e verifiquem todos os dados antes de concluir o pagamento. As empresas também devem ter políticas claras de troca e reembolso, além de um atendimento eficiente, para manter a confiança do consumidor.
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