A nova tarifa de 20% será somada às tarifas já aplicadas a produtos chineses

Donald Trump anunciou que aumentará as tarifas sobre produtos chineses para pressionar a China a adotar medidas mais rigorosas no combate ao fluxo de fentanil e outras drogas ilegais para os Estados Unidos. O presidente dos EUA afirmou que, apesar das negociações, a China não fez o suficiente para conter esse tráfico de substâncias, o que levou à elevação das tarifas.

A nova tarifa de 20% será somada às tarifas já aplicadas a produtos chineses. “Determinei que a RPC não tomou as medidas adequadas para aliviar a crise das drogas ilícitas por meio de ações cooperativas de fiscalização e que a crise mencionada na Ordem Executiva 14195 não diminuiu”, afirmou Trump.

As tarifas, que começaram a ser implementadas nesta terça-feira (4), são as mais altas entre os dois países até o momento, afetando produtos no valor de US$ 1,4 trilhão. Isso é mais do que o triplo dos US$ 380 bilhões em mercadorias que haviam sido impactadas por tarifas no primeiro mandato de Trump, de acordo com a Tax Foundation.

Em resposta, a China já impôs tarifas próprias, incluindo um imposto de 15% sobre certos tipos de carvão e gás natural liquefeito, além de uma tarifa de 10% sobre petróleo bruto, maquinário agrícola, carros grandes e caminhonetes. Trump, no entanto, afirmou que não espera grandes retaliações por parte da China.

Antes de assumir a presidência, Trump havia prometido aplicar uma tarifa de 60% sobre todos os produtos chineses, o que indica a possibilidade de um aumento ainda maior nas tarifas. Além disso, o ex-presidente planeja permitir que as tarifas de 25% sobre o México e o Canadá, que estavam adiadas, entrem em vigor amanhã.

A medida reflete a continuidade das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, com foco na questão das drogas ilegais e seus impactos econômicos.