
ECONOMIA
OCDE reduz projeções de crescimento do Brasil e aumenta expectativas de inflação para 2025 e 2026
Por Redação - Em 18/03/2025 às 1:01 AM

A OCDE projeta que o ritmo de crescimento do Brasil diminuirá nos próximos anos, caindo de 3,4% em 2024 para 2,1% em 2025 e 1,4% em 2026 FOTO: Agência Brasil
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para baixo as previsões de crescimento econômico do Brasil para os próximos anos. Segundo o Interim Economic Outlook, a expectativa para 2025 foi reduzida de 2,3% para 2,1%, e para 2026 a previsão passou de 1,9% para 1,4%. Essas revisões foram feitas em comparação com as estimativas divulgadas em dezembro de 2024. O relatório aponta que a desaceleração da economia brasileira nos próximos anos está ligada principalmente ao aumento das taxas de juros pelo Banco Central e aos impactos das tarifas sobre exportações de aço e alumínio para os Estados Unidos.
A OCDE projeta que o ritmo de crescimento do Brasil diminuirá nos próximos anos, caindo de 3,4% em 2024 para 2,1% em 2025 e 1,4% em 2026. A principal explicação para essa desaceleração é o efeito combinado da política monetária mais restritiva e do aumento das tarifas impostas aos produtos brasileiros, que prejudicam as exportações para o mercado norte-americano.
Além disso, a organização ressalta um cenário de desaceleração econômica global nos próximos anos, com previsão de crescimento mundial de 3,2% em 2024, caindo para 3,1% em 2025 e 3,0% em 2026. A OCDE atribui essa moderação à intensificação das barreiras comerciais entre os países do G20, além das incertezas geopolíticas e das políticas econômicas que impactam o investimento e o consumo das famílias.
Quanto à inflação, a OCDE revisou suas estimativas para o Brasil, prevendo um aumento de 4,2% para 5,4% em 2025 e de 3,6% para 5,3% em 2026. A instituição observa que o Banco Central tem adotado uma política de juros mais elevados para garantir que as expectativas inflacionárias se mantenham controladas.
No campo do desemprego, o relatório destaca que o Brasil, junto com a Turquia, se encontra em uma situação relativamente favorável, com taxas de desemprego mais baixas do que as observadas no período pré-pandemia (2018-2019).
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