Potência e economia andam juntos? O Mercedes-Benz 200 EQ Boost prova que sim

Por Admin - Em 28/05/2019 às 11:46 AM

Das versões que a montadora lançou, sem dúvida, a que mais chama atenção é o Classe C 200 EQ Boost que a Road In testou. Por quê? Primeiro porque o motor a gasolina é uma pancada de 1.5 com turbocompressor, que gera 183 cavalos a 5.800 rpm e 28,5 kgfm a 3.000 rpm. Um foguete e tanto, né?

Outro detalhe que quem “empurra” essa versão também tem a ver com eletricidade. Quando há demanda, o C 200 pode receber mais 14 cavalos e 16,3 kgfm vindos de uma rede elétrica adicional de 48 volts. Por isso, a palavra em inglês Boost  significa (impulsionar) em português.

Na Newsedan Mercedes-Benz, em Fortaleza, esse mesmo modelo encontra-se em oferta. De R$ 236.900,00 sai por R$ 211.733,00. De acordo com Eduardo Weimar, o gerente, ele pode ser adquirido com 50% de entrada e financiamento em 24x na taxa 0,39%.

Um pouco de física

De acordo com engenheiros da marca, para entender melhor, o motor elétrico usa a energia da desaceleração para carregar a bateria e viabiliza ainda a adoção do modo de deslizamento (roda livre), que deixa o propulsor a combustão desligado em velocidade de cruzeiro e passa a usar apenas a energia elétrica para manter o movimento por algum tempo, para ajudar na economia de combustível. Em suma, na estrada, você pode desligar o motor que o elétrico continua por alguns quilômetros, ok?

Nas reduções de velocidade, o motor elétrico funciona como um alternador, recuperando energia cinética e carregando a bateria. Ah, o câmbio automático GTronic de 9 velocidades é o mesmo utilizado em todas as versões do Classe C. Os componentes elétricos tradicionais, como as luzes, são alimentados por uma rede com 12 volts.

Como funciona a mágica

Nas estradas federais, em velocidades de cruzeiro, em torno de 120 km/h, com o carro no modo Eco, naqueles momentos em que o motorista tira o pé do acelerador, o EQ Boost pode desligar o motor a combustão. O sistema de 48V mantém os diferentes sistemas do carro em funcionamento por algum tempo, para economizar combustível. A visão do conta-giros zerado ao lado do velocímetro apontando 120 km/h não deixa de ser um tanto atemorizante. Eu fiz, senti e vi isso!

Porém, assim que o motorista pisa no acelerador ou no freio, ou quando a carga da bateria do EQ Boost começa a cair, o motor é reativado automaticamente, já na marcha correta para a velocidade. Tudo sem trancos e de forma elegante e quase imperceptível. Além de reforçar as acelerações, o EQ Boost ajuda na economia de combustível porque a energia acumulada pelo sistema pode ser usada pelo sistema Start/Stop, para dar a partida no motor, e também para viabilizar o uso da função roda-livre.

Por dentro, o padrão todo é Mercedes. A central multimídia conta com uma tela de 10,3 polegadas com ótima resolução, mas que não é “touchscreen”. Os controles do sistema continuam sendo feitos por meio de um botão giratório no console central, de manejo pouco intuitivo. Os comandos sensíveis ao toque no volante do novo Classe C melhoraram a usabilidade.

O moderníssimo sistema de infoentretenimento MBUX (Mercedes-Benz User Experience) apresentado no início do ano no novo Classe A – com tela sensível ao toque, touchpad, comandos vocais, capacidade de auto-aprendizagem e navegação com realidade aumentada (quando imagens reais são integradas aos gráficos) – provavelmente só chegará ao Classe C com a nova geração do modelo, prevista para 2021.

No multimídia disponível atualmente, a conectividade foi aprimorada e agora é possível replicar as funções do smartphone por meio do Android Auto ou do Apple CarPlay, o que coloca aplicativos como Waze, Google Maps e Spotify à disposição do motorista.

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