19 novas reclamações
Após demissão de Silvio Almeida, denúncias de assédio crescem no Ministério dos Direitos Humanos
Por Redação IN Poder - Em 07/11/2024 às 4:08 PM
Desde a saída do ex-ministro Silvio Almeida, em setembro, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH) registrou um aumento significativo nas denúncias de assédio sexual e moral. De acordo com informações, foram 19 queixas formais após a demissão de Almeida, quase dobrando o total do ano até então — 11 casos entre janeiro e agosto. O ex-ministro, que atualmente é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi acusado por seis mulheres, incluindo a ministra Anielle Franco, o que resultou em sua demissão após pressão crescente.
Em setembro, logo após as acusações se tornarem públicas, o MDH registrou 16 denúncias adicionais, e outubro acrescentou mais três casos. A organização Me Too Brasil revelou as acusações de assédio contra Almeida, incluindo depoimentos de ex-alunas e colegas de trabalho. Almeida negou veementemente as acusações, alegando em nota oficial que as denúncias têm como objetivo “apagar nossas lutas e histórias” e desacreditá-lo publicamente.
A decisão do Governo Federal de afastar Almeida foi pautada pela gravidade das denúncias e a percepção de que sua continuidade no cargo tornou-se “insustentável” em meio à repercussão das acusações. As recentes denúncias sugerem uma atenção redobrada dentro do ministério para questões de assédio e moralidade pública, colocando o MDH em posição de monitoramento e resposta a essas queixas internas.