GOVERNO FEDERAL

Bolsonaro afirma que Guedes é o dono das decisões econômicas no Brasil

Por Marcelo - Em 27/04/2020 às 12:58 PM

Apontado pelo presidente Jair Bolsonaro como o “dono das decisões econômicas” no Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou nesta segunda-feira (27), que não existe nenhuma previsão de haver a suspensão do teto dos gastos públicos, devido à pandemia do coronavírus no Brasil.

Paulo Guedes já esteve em eventos no Ceará                                          Foto: Portal IN News

Guedes ressaltou que o Governo Federal tem utilizado outros mecanismos para manter as despesas com a saúde neste momento, como a desobrigação de cumprimento da meta de superávit, devido ao Congresso Nacional ter reconhecido o estado de calamidade pública.

Ele disse que é exatamente o teto de gastos que protege a economia do Brasil contra a tempestade, por isso não vê necessidade de haver o rompimento do teto. A não ser que faltem recursos para o combate à pandemia de Covid-19.

Em coletiva na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que Paulo Guedes é quem decide a economia nacional, logo depois de participar de uma reunião com ele, o presidente do BC, Roberto Campos Netto, além do ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura).

Guedes afirmou ainda que o programa Pró-Brasil, anunciado semana passada para dar novo impulso à atividade econômica, por meio de obras de infraestrutura e construção civil, está sendo analisado pela sua equipe, uma vez que prevê investimentos públicos, enquanto ele prefere investimento privado.

O anúncio da autonomia de Paulo Guedes na condução dos destinos da economia nacional, realizado pelo presidente Jair Bolsonaro acalmou os ânimos do mercado financeiro, tanto que por volta das 12h15 o Ibovespa operava em alta de 3,84%, aos 78.221 pontos e o dólar comercial caía 0,22%, vendido a R$ 5,645.

Além das questões econômicas, outras duas preocupações de Bolsonaro são as nomeações do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Jorge Oliveira, e do diretor-geral da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, que estão sendo alinhadas pelas equipes do Palácio do Planalto.

Ambos teriam ligações próximas com os filhos do presidente da República e isso, segundo opositores, poderiam gerar interferências no trabalho da PF em várias investigações que estão sendo realizadas no momento e que envolveriam dois dos filhos de Bolsonaro, o senador Flávio e o vereador Carlos, no Rio de Janeiro.

As peças estão no tabuleiro, como num jogo de xadrez. Cabe ao presidente e seus assessores a articulação necessária para movimentá-las de modo coerente, sem causar novas turbulências ao País, como os desembarques de Luiz Henrique Mandetta e Sérgio Moro, do Governo Federal. (Com informações da Agência Brasil)

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