Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro comentou nesta quinta-feira (21) o indiciamento dele e de outras 36 pessoas pela Polícia Federal, sob a acusação de envolvimento em um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. Em entrevista ao jornalista Paulo Capelli, do portal Metrópoles, Bolsonaro criticou a condução do inquérito pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“[Alexandre de Moraes] conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, afirmou o ex-presidente. Ele também destacou que aguardará orientação de seus advogados antes de tomar qualquer medida e acrescentou: “Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar.”

O indiciamento de Bolsonaro foi divulgado pela Polícia Federal como parte de uma investigação sobre tentativas de subverter o resultado eleitoral de 2022. A operação também envolve militares e aliados próximos ao ex-presidente, acusados de articular atos antidemocráticos. O relatório com as conclusões será enviado à Procuradoria-Geral da República, que avaliará as próximas etapas do processo.

A declaração do ex-presidente ocorre em um momento de crescente tensão política e jurídica. Os desdobramentos do caso serão acompanhados de perto, especialmente com a participação do STF e da PGR na análise das acusações. O caso promete acirrar ainda mais o debate público sobre a condução das investigações e as implicações para o cenário político nacional.