TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL

Brasil atinge pior colocação no ranking global de percepção da corrupção

Por Marlyana Lima - Em 11/02/2025 às 7:05 PM

06122017 Corrupcao Ebc

Em 2024, o o Brasil ficou na 107ª posição do ranking dentre 180 países 

O Brasil registrou um retrocesso significativo no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2024, divulgado nesta terça-feira (11) pela organização Transparência Internacional. Com 34 pontos, o país alcançou sua pior nota e posição desde o início da série histórica, em 2012, ficando abaixo da média global (43) e da média para as Américas (42). No ano anterior, o Brasil havia marcado 36 pontos.

O IPC é um ranking que avalia 180 países com base na percepção da corrupção no setor público, atribuindo notas de 0 a 100 – sendo que pontuações mais baixas indicam níveis mais elevados de corrupção. Em 2024, o Brasil caiu para a 107ª posição, quatro degraus abaixo do resultado de 2023.

Desde o início da série histórica, o país teve seu melhor desempenho em 2012 e 2014, quando registrou 43 pontos. No entanto, a Transparência Internacional aponta que, ao longo da última década, a corrupção permaneceu estagnada ou piorou na maioria dos países avaliados. Embora 32 nações tenham conseguido melhorar seus índices desde 2012, 148 mantiveram-se sem avanços ou apresentaram retrocessos.

A pesquisa também destaca as dificuldades enfrentadas por diferentes regiões. O Oriente Médio e o Norte da África registraram um leve avanço, passando de 38 para 39 pontos, mas a Transparência Internacional atribui os desafios da região a conflitos e regimes autoritários. Já a Europa Oriental e a Ásia Central sofrem com sistemas de justiça frágeis, o que mantém seus índices baixos. A África Subsaariana, por sua vez, apresenta a pior média global, pressionada por problemas como mudanças climáticas e instabilidade política.

No topo do ranking, os países menos corruptos continuam sendo os da Europa Ocidental e da União Europeia, com destaque para Dinamarca e Finlândia. No entanto, a pontuação dessas nações caiu pelo segundo ano consecutivo, apontando para desafios contínuos no combate à corrupção em nível mundial.

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