O governador Camilo Santana criticou duramente nesta sexta-feira (15), a saída do ministro da Saúde, Nelson Teich, à qual classificou de preocupante, pois ele havia assumido o posto a menos de 30 dias, substituindo o então titular da Pasta, Luiz Henrique Mandetta.

Camilo Santana criticou a segunda saída da Pasta em menos de um mês            Foto: Divulgação

“Isso é muito preocupante. Deixa uma insegurança muito grande diante desse momento de enfrentamento da pandemia. O Brasil precisa ter uma coordenação geral, que possa orientar as ações no país inteiro. É o Ministério da Saúde o grande responsável por essas ações sanitárias, de saúde pública e deve sempre se pautar pelas decisões e orientações técnicas, da ciência e não por questões políticas ou ideológicas”, disse.

Afirmou esperar que o Ministério da Saúde possa assumir o seu papel de coordenação, orientando os estados, definindo protocolos e regras, discutindo o isolamento social e outras medidas para conter a disseminação do coronavírus.

Camilo disse, ainda, que neste sábado um avião com 200 respiradores artificiais, EPIs, e outros insumos, num total de 103,7 toneladas de carga, decola da China, para garantir todos os equipamentos necessários para os profissionais de saúde e segurança do Estado.

O avião deve chegar a Fortaleza no fim da tarde ou início da noite de domingo, devido à escala operacional. Lembrou que ontem chegaram 20 respiradores de um lote adquirido pelo Governo do Ceará e a Prefeitura de Fortaleza junto a uma empresa brasileira e que a Justiça determinou o envio, pois haviam sido bloqueados a pedido do Ministério da Saúde.

Ele lembrou que a curva de contaminação do vírus continua crescendo, mas o isolamento social está sendo cumprido, para evitar que a velocidade de circulação do coronavírus possa ser reduzida de maneira mais eficaz. “Estamos melhorando o isolamento social na Capital, mas ainda não estamos com o indicador que gostaríamos, que é em torno de 70%”, completou Camilo Santana.

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