Camilo Santana destacou que não há anistia para amotinados                                                      Foto: Divulgação

O governador Camilo Santana foi taxativo, mais uma vez, ao afirmar nesta segunda-feira (2), durante coletiva no Palácio da Abolição, que não se deve anistiar policiais envolvidos em paralisações, greves ou motins, que são proibidos pela Constituição Federal.

Sugeriu, inclusive, a criação de um amplo debate em todo o País, no que diz respeito à completa proibição de anistia para os profissionais que trabalham na área da segurança pública e realizam movimentos paredistas.

“Sempre falei, desde o princípio e repito, a anistia não é negociável. A sociedade não pode ficar refém de atos como esses. O Governo não pode ficar refém. Inclusive, enviei para a Assembleia Legislativa uma PEC par que isso não seja apenas uma decisão do governador, mas que esteja na nossa Constituição. Ninguém está acima da lei”, afirmou.

Ele destacou que o motim foi uma atitude lamentável e muito grave, especialmente porque o Governo do Ceará sempre procurou discutir com as entidades representantes dos policiais a lei de promoções na PM, bem como a reestruturação salarial, cujo acordo foi fechado no mês passado, mas depois descumprido por uma pequena parcela da Corporação.

Agradecimentos

Lembrou que as tropas do Exército ficam no Ceará até a próxima sexta-feira (6), enquanto o trabalho dos PMs volta à normalidade, a fim de que o combate efetivo às ações de criminosos seja completamente restabelecido. E agradeceu também à Força Nacional de Segurança, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Pefoce e outros órgão que auxiliaram no momento de crise.

Sobre a questão salarial, Camilo garantiu que a proposta feita pelo Governo do Ceará, no acordo fechado na Assembleia Legislativa, com limite orçamentário de R$ 495 milhões está mantida, mas ajustes poderão ser realizados, sem que a cifra seja superada.

O chefe do Executivo ressaltou, ainda, que vai se reunir com os secretários e comandos, bem como outras áreas do Governo que têm alguma ligação com a segurança pública, para fazer uma avaliação do motim e fazer um planejamento futuro.

“E tomar as medidas necessárias para restabelecer a normalidade no Ceará. Nosso Estado tem sido referência na área de segurança. Ano passado fomos o estado com a maior redução de homicídios do Brasil, por isso precisamos restabelecer o foco e as metas para o restante de 2020”, completou Camilo Santana.