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O ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), decidiu tirar férias do Ministério da Educação para intensificar sua participação nas campanhas de aliados nas eleições municipais de 2024. Camilo tem focado suas atividades em Fortaleza, mas também tem atuado em cidades estratégicas, como Caucaia e Juazeiro do Norte. Entretanto, em pelo menos sete municípios cearenses, o ministro declarou apoio a candidatos que não fazem parte do PT.

Em cidades como Acopiara, Canindé e Itapajé, o apoio de Camilo se alinha com candidaturas que, em alguns casos, concorrem diretamente com o PSB, partido do seu pai, Eudoro Santana, e de Cid Gomes, aliado de longa data. Esse cenário destaca a complexidade das alianças políticas locais, especialmente quando o ministro decide apoiar nomes que não são do PT ou que disputam contra candidatos da coligação formada pelo partido.

Um dos casos que chamam a atenção é o de Aratuba, onde Camilo apoia Joerly Vítor, candidato do Republicanos, partido que conta com o PL na coligação. O PL é conhecido por sua ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, adversário político do presidente Lula. Em outras localidades, como Barreira e Palmácia, o ministro optou por apoiar candidaturas do PSB, em detrimento das postulações petistas.

Questionado sobre suas escolhas, Camilo justificou que alguns desses apoios são baseados em coerência com compromissos assumidos em eleições anteriores, além de relações pessoais com os candidatos. Ele afirmou que, em alguns locais, a neutralidade foi a melhor postura, por entender que ambos os lados mereciam o seu respeito.

Os apoios de Camilo Santana, que foram divulgados através de vídeos nas redes sociais, ilustram as nuances e divergências nas eleições municipais no Ceará, especialmente quando se considera a relação entre as lideranças estaduais e as estratégias locais de campanha.