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Durante o G20 Educação, realizado em Fortaleza, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que ficou surpreso com o apoio do PDT ao Partido Liberal (PL) no segundo turno das eleições municipais na capital cearense. Em entrevista, o ministro comentou a vitória do candidato petista Evandro Leite, que agora se torna o único prefeito do Partido dos Trabalhadores (PT) eleito em uma capital. Santana destacou o esforço da campanha de Leite, que saiu de uma posição desfavorável no primeiro turno e venceu a disputa acirrada contra o adversário bolsonarista André Fernandes (PL) com 50,38% dos votos válidos.

Camilo observou que a união dos adversários surpreendeu, mas que, apesar disso, a estratégia petista foi eficaz. “O Evandro começou lá embaixo no primeiro turno, foi crescendo e conseguiu chegar ao segundo turno com 80 mil votos atrás do primeiro colocado. Todos os outros três candidatos se uniram do outro lado. Nós não esperávamos que o PDT fosse aderir à candidatura do PL aqui em Fortaleza”, afirmou Santana, referindo-se ao apoio de figuras locais do PDT a Fernandes.

O ministro desempenhou um papel de destaque na reta final da campanha de Leite, intensificando a presença do PT em Fortaleza e fortalecendo a mobilização. Após a vitória do candidato, Santana explicou que cancelou compromissos do G20 para acompanhar Leite em Brasília, onde o presidente Lula fez questão de parabenizar o novo prefeito pessoalmente. Para Santana, a vitória de Leite representa uma “lição dura, mas vitoriosa”, simbolizando um novo alinhamento entre Fortaleza e as esferas estadual e federal.

Santana ressaltou que essa unidade inédita entre o Governo Federal, estadual e municipal é um marco para o PT no Ceará e que o alinhamento poderá facilitar a execução de políticas públicas em benefício da população. “A responsabilidade agora é muito grande, o nosso discurso sempre foi sobre a importância do alinhamento político. Quem ganha com isso é a população, então o que eu defendo é que Fortaleza possa servir também de exemplo para os outros estados”, pontuou o ministro.

Questionado sobre a possibilidade de se candidatar à sucessão presidencial em 2026, Santana negou ter planos de entrar na disputa, reafirmando seu compromisso com o Senado. “Eu tenho um mandato de senador, são oito anos ainda. Não tenho pretensão de disputar nada em 2026”, afirmou, frisando que seu foco atual permanece em cumprir o mandato parlamentar e contribuir com as políticas do governo federal. As informações são do jornal Metrópoles.