Camilo Santana disse apenas que pretende manter alianças                     Foto: Portal IN News

O governador Camilo Santana participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (8), onde ressaltou que desde o início da pandemia foram adotadas as medidas preventivas indicadas pelas autoridades de saúde do Brasil e exterior, evitando detalhar planos para as eleições deste ano e de 2022.

O chefe do executivo cearense lembrou que todo o trabalho realizado desde o mês de março no Estado fez com que os índices na capital cearense registrassem quedas significativas nas últimas semanas, fazendo com que o Governo do Ceará iniciasse a Fase 1 do plano de retomada da economia.

Camilo destacou que pretende articular uma grande união política entre o PT, PDT e outros partidos, tendo à frente o ex-ministro Ciro Gomes e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no sentido de criar um “projeto nacional” para as eleições deste ano.

“Tenho uma admiração muito grande e respeito pelos dois. Torço e o que eu puder fazer para aproximá-los, em defesa de um projeto nacional pelo País, eu o farei. Acho que os dois têm muito a colaborar pelo nosso País”, destacou Camilo.

Camilo No Roda Viva

Lembrou que o PT ainda tem muita força dentro da política nacional e, por isso, é preciso acabar com o extremismo que está ocorrendo hoje em dia no País. “O que ajuda o Brasil é a construção de um projeto nacional, com a união de todas as forças democráticas, para que o possamos ter um país melhor para o futuro”, ressaltou.

Sobre as eleições municipais em Fortaleza, o governador disse que haverá tempo para discutir as alianças e que está concentrando sua energia no combate à pandemia de Covid-19. “O PT, o PDT, o PSB e vários partidos, fazem uma frente que apoia o meu governo. E o que eu puder fazer para manter esta aliança em Fortaleza e no máximo de municípios no Ceará”, asseverou.

Ressaltou que pela forma como a pandemia está ocorrendo, é muito difícil realizar as eleições em outubro. “Acho que será necessário estender um pouco as eleições, que é o que o TSE tem defendido e discutido com o Congresso Nacional, mas acredito que a eleição deva ser ainda este ano”, disse.

Reafirmou seu repúdio a manifestações que defendem o fechamento do Congresso ou o STF, o AI-5 ou a retomada da ditadura. “Estarei junto para reagir a qualquer tentativa de autoritarismo ou calar o povo brasileiro. Temos essa obrigação de resistir e garantir a democracia nesse país, conquistada a duras penas”, explicou.

Criticou, ainda, a politização das polícias militares, afirmando que é um erro que ocorreu no Brasil. “Não podemos confundir o papel da segurança pública com o de parlamentar. Há todo um processo de partidarização de pessoas dentro da Polícia. Mas eu confio muito na grande maioria da Polícia do meu Estado. Não podemos fazer Polícia com interesses eleitoreiros”, completou Camilo Santana.

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