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O candidato à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (União Brasil), expressou neste domingo, 1º, sua decepção com os ataques direcionados a ele pelo deputado federal André Fernandes (PL), seu concorrente na corrida eleitoral. Wagner relembrou que Fernandes o apoiou em campanhas anteriores, tanto em 2020 quanto em 2022, destacando a mudança de postura do parlamentar. “Em 2020, ele dizia que eu era o melhor candidato a prefeito; em 2022, dizia o mesmo sobre minha candidatura ao governo. Agora, optou por críticas em vez de propostas”, comentou Wagner.

Wagner ainda criticou a estratégia atual de Fernandes, apontando uma aparente tentativa de distanciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem o deputado sempre foi associado. Segundo Wagner, isso é evidente nas mudanças na propaganda de Fernandes, que passou de tons verde e amarelo para azul. “Agradeço por escolher azul, que é a cor tradicional da nossa campanha”, ironizou o candidato do União Brasil, reforçando que, para ele, os verdadeiros adversários são os problemas que afligem Fortaleza, como a alta taxa de lixo e as longas filas no atendimento à saúde.

Em relação à sua própria campanha, Wagner enfatizou a importância do diálogo com as esferas estadual e federal, afirmando que qualquer gestor que ignore essas relações compromete a qualidade da administração pública. “O governador Tarcísio de Freitas, em São Paulo, pediu ajuda ao presidente Lula para uma obra estruturante. Se ele, sendo governador do estado mais rico do país, teve essa humildade, como eu, prefeito de uma cidade com desafios como Fortaleza, poderia pensar diferente?”, questionou Wagner, sublinhando a necessidade de cooperação entre os diferentes níveis de governo.

Wagner admitiu que essa visão é resultado do amadurecimento adquirido ao longo de sua trajetória, especialmente durante seu período como secretário de Saúde de Maracanaú. Ele relatou que, mesmo sendo adversário político do governo estadual, compreendeu a importância de trabalhar em conjunto para melhorar a saúde pública do município. “Naquela época, eu tive que buscar o apoio da secretária de Saúde do Estado. Isso me ensinou muito sobre a importância do diálogo para superar desafios administrativos”, concluiu. As declarações foram dadas à rádio O Povo CBN.