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O senador Cid Gomes (PSB) manifestou uma análise sobre a posição política de seu irmão, Ciro Gomes (PDT), e aliados do PDT que, no segundo turno das eleições municipais de Fortaleza, apoiaram o candidato André Fernandes (PL), associado a uma ala conservadora e apoiador de Bolsonaro. Cid indicou acreditar que esse movimento à direita, capitaneado pelo ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), é definitivo. Ele sugere que Roberto, que chegou a participar ativamente da campanha de Fernandes, deve seguir em direção a partidos do centrão, deixando o PDT.

Em declaração à Folha, Cid afirmou que a escolha de Roberto e de outros pedetistas reflete uma ruptura sem retorno. “Esse passo que o Roberto deu rumo à direita é um passo que não tem volta”, declarou o senador. Cid acredita que, diante dessa decisão, vários aliados devem migrar para outras legendas, buscando uma nova base de apoio, enquanto o PDT enfrenta divisões internas após anos de alianças locais e nacionais.

Cid Gomes também mencionou a postura de Ciro Gomes, que, segundo ele, tem adotado um papel mais discreto nos bastidores. Para o senador, Ciro estaria alinhado a essa guinada conservadora de seus apoiadores, com Roberto Cláudio sendo um dos principais incentivados por ele nessa direção. “Ele tem o Roberto Cláudio como um pupilo”, acrescentou, sugerindo uma aprovação de Ciro ao movimento.

O processo de reorganização interna no PDT, intensificado pelo rompimento com o PT, levou à dispersão de forças em Fortaleza e em outros municípios. Embora o PDT tenha declarado neutralidade oficial nas eleições, lideranças municipais e estaduais, como Antônio Henrique e Claudio Pinho, apoiaram Fernandes, enquanto nomes da cúpula nacional, como o deputado André Figueiredo, endossaram a candidatura de Evandro Leitão (PT), que acabou vitorioso.