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O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), afirmou que a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 foi consequência do “ego descalibrado” do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Bolsonaro não tinha as qualidades necessárias para ser presidente. Conheço Bolsonaro há muitos anos. Em 1993, quando eu era governador do Ceará, pedi sua prisão e cassação porque ele estava propondo o fechamento do Congresso Nacional,” revelou Ciro Gomes em entrevista ao UOL News. “E, de repente, essa figura trágica se torna presidente do Brasil. Ele não surgiu do nada,” acrescentou.

Ciro destacou que a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018 se deveu a uma combinação de fatores, principalmente à falta de espírito público de Lula. “Todos sabiam que o PT seria derrotado em 2018 devido ao agravamento da crise econômica brasileira,” ressaltou.

Ao relembrar um episódio com Fernando Haddad, Ciro mencionou que foi convidado para um jantar e questionou se Haddad falava em nome próprio ou de Lula. Após receber a confirmação de que representava Lula, Ciro afirmou ter recusado a proposta de ser vice de Lula, que estava inelegível e preso na época. “Disse a Lula algo que, embora escatológico, foi minha resposta real: ‘vai pra puta que o pariu’.”

Ciro Gomes concluiu sua análise afirmando que enquanto Lula continuar a ser uma figura central no processo eleitoral brasileiro, o país não terá chances de avançar. “Lula é o câncer e Bolsonaro é a metástase. São intrinsecamente ligados. O câncer gera a metástase. O que é pior, o câncer ou a metástase? Isso cabe a vocês julgarem,” finalizou.