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Ciro Gomes critica pacote fiscal de Haddad e aponta prejuízos sociais

Por Redação IN Poder - Em 05/12/2024 às 11:14 AM

Ciro Gomes (16)

Foto: Portal IN

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) usou suas redes sociais para criticar duramente o pacote fiscal apresentado pelo governo Lula. Em um vídeo publicado na plataforma X, ele classificou as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como “uma das mágicas mais fuleiras” que já presenciou. Segundo Ciro, o plano não promove um ajuste fiscal efetivo, mas sim penaliza diretamente as camadas mais vulneráveis da população.

Ciro destacou que o novo programa resultaria em um “arrocho” no salário mínimo, com impactos significativos sobre aposentados e beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada). Ele mencionou que pessoas em situação de vulnerabilidade, como idosos adoentados e crianças autistas, seriam diretamente afetadas pelas mudanças, além dos segurados do INSS. “O governo prometeu ajuste, mas entregou cortes para quem mais precisa”, criticou.

Além do impacto social, o ex-ministro questionou a viabilidade de algumas promessas feitas pelo governo, como a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. Segundo ele, não há garantias de que essa medida será efetivamente implementada. “O que já está valendo é o corte no salário mínimo, enquanto os banqueiros seguem tranquilos”, ironizou, acusando o governo de favorecer o sistema financeiro.

Gomes tem um histórico de envolvimento em questões econômicas e já foi ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, durante a implementação do Plano Real. O conhecimento técnico e a experiência em cargos estratégicos na administração pública têm alimentado suas críticas às políticas fiscais atuais, especialmente aquelas que, em sua visão, sacrificam os mais pobres em prol de ajustes macroeconômicos.

As críticas de Ciro também apontam para um descontentamento com a condução política do governo Lula. Ele ressaltou que o discurso de ajuste fiscal não se materializa como prometido, gerando frustração e insegurança entre trabalhadores e aposentados. A retórica contundente do ex-ministro reflete uma posição de alerta e cobrança por medidas que protejam os mais vulneráveis, sem comprometer o equilíbrio fiscal.

O pacote fiscal de Haddad tem gerado debates intensos no cenário político. Enquanto aliados do governo defendem a necessidade das medidas para reequilibrar as contas públicas, opositores como Ciro Gomes argumentam que o custo social será alto. As discussões devem ganhar ainda mais força nos próximos meses, sobretudo com a proximidade das votações de medidas complementares no Congresso.

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