Os governadores reeleitos de Minas Gerais e do Rio de Janeiro – Romeu Zema (Novo) e Cláudio Castro (PL), respectivamente -, declararam nesta terça-feira (4) apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) para a Presidência da República. Os dois se reuniram na manhã de hoje no Palácio da Alvorada, em Brasília, em momentos distintos, com o atual gestor do País e explicaram suas razões.

Jair Bolsonaro recebeu dois importantes apoios nesta terça     Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Não poderia deixar, nesse momento, de estar aqui colocando nossas divergências de lado. Eu sempre dialoguei com o presidente. Sabemos que em muitas coisas convergimos e em outras não, mas é o momento em que o Brasil precisa caminhar para frente e eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na do seu adversário”, disse Zema. No primeiro turno das eleições, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva obteve 48,29% dos votos válidos em Minas Gerais. Bolsonaro ficou com 43,6% de preferência do eleitorado.

De acordo com Bolsonaro, ele pretende ir, ao menos, três vezes a Minas Gerais, em agendas de campanha. Uma delas já está confirmada: um encontro religioso no próximo dia 12. “Esse apoio do governador Zema é muito bem-vindo. É o segundo estado que tem o maior colégio eleitoral do Brasil e é decisivo, só quem ganha lá, diz a tradição, pode realmente chegar à Presidência da República, então, há esse interesse meu pelo apoio”, disse Bolsonaro. “O Zema goza de grande credibilidade dado a administração que ele fez e esse apoio é decisivo. Em Minas Gerais vamos ter uma boa diferença para o adversário”, completou.

O segundo governador a apoiar o atual presidente foi Cláudio Castro, ressaltando que ele sempre teve um bom relacionamento com o Governo Federal, de quem recebeu apoio para crescer. “Na hora que as finanças iam ficar caóticas, a gente contou com o apoio do presidente. Na hora que o fluminense não tinha o que comer, veio o auxílio emergencial. Quando precisamos do regime de recuperação foi o com o presidente que o Rio de Janeiro contou. E mais recentemente o Auxílio Brasil, que tem ajudado muito a economia do Rio a crescer”, explicou.

Cláudio Castro afirmou que o Rio será a capital da reeleição de Jair Bolsonaro

E lembrou que por ser do PL, o partido de Bolsonaro, não teria outra decisão a tomar. “Vou me esforçar muito pro Rio ser a capital da vitória da eleição do presidente Bolsonaro. Não preciso lhe franquear o meu apoio, pois este o senhor já tem desde sempre. Mas dizer que o Rio de Janeiro vai se esmerar. Já tivemos mais de 800 mil votos de frente e vamos sacramentar sua vitória. Eu como governador reeleito lhe agradeço pelo que o senhor fez e não tenho a menor dúvida que o que fez o Rio crescer e me dar essa votação expressiva foi muito do que o senhor me ajudou, ao longo desses últimos dois anos”, afirmou Cláudio Castro.

O presidente disse que sempre teve um excelente relacionamento com o Governo do Rio, procurou adotar todas as medidas necessárias de apoio durante a pandemia e destacou o posicionamento de Castro, com relação ao teto do ICMS. “Ele foi favorável ao teto do ICMS e quando isso foi aprovado pelo Congresso, passamos a ter no Brasil, e no Rio não foi diferente, passamos a ter uma das gasolinas mais baratas, porque não dizer, do mundo”, salientou Jair Bolsonaro.

Para o segundo turno, Bolsonaro também já conversou com outros governadores reeleitos em busca de apoio, como Ronaldo Caiado, de Goiás, e Ratinho Júnior, do Paraná. Entre os candidatos à Presidência que foram derrotados no primeiro turno, Bolsonaro disse que Padre Kelmon (PTB) tem um valor simbólico muito grande para sua candidatura e também vai em busca desse apoio. “Apesar de ter tido uma votação bastante pequena, ele é uma pessoa que mostrou que os cristãos têm que ser respeitados no Brasil e no mundo”, disse.

13º do Auxílio Brasil

Jair Bolsonaro disse ainda que, além do Auxílio Brasil de R$ 600,00 a partir do ano que vem, vai pagar uma 13ª parcela do programa para as representantes do sexo feminino. Segundo ele, 17 milhões de mulheres serão beneficiadas.

“Vamos manter esse valor (R$ 600,00) já garantido, temos fonte para esses recursos. E, a partir do ano que vem, o 13º do Auxílio Brasil, além de ajudar as pessoas mais pobres, mais necessitadas, ajuda nas receitas de municípios e dos próprios estados. Ouso dizer que, em grande parte, o que ajudou a economia a não colapsar durante a pandemia foi o Auxílio Emergencial de R$ 600,00”, salientou Jair Bolsonaro. (Com informações da Agência Brasil)