Em meio a desafios internos e mudanças na geopolítica global, a Alemanha foi às urnas neste domingo para uma eleição que promete redefinir os rumos do país mais populoso da União Europeia.

Como funciona a eleição alemã?
Diferente de países como Brasil e EUA, os alemães não votam diretamente no chefe de governo. O sistema eleitoral elege os membros do Bundestag (parlamento federal), que posteriormente escolhem o novo chanceler.

As pesquisas já indicavam a vitória do conservador Friedrich Merz, do partido União Democrata Cristã (CDU/CSU), e o resultado confirmou o favoritismo: 30% dos votos.

Merz, um político pró-negócios, promete endurecer políticas de imigração e reduzir impostos.

Porém, o que mais chamou atenção foi o avanço da extrema-direita: o partido AfD alcançou 20% dos votos, um recorde, garantindo a segunda posição. Já o SPD, do atual (agora ex) chanceler Olaf Scholz, ficou em terceiro.

Como nenhum partido conquistou maioria absoluta, a CDU precisará formar uma coalizão para governar. Agora, o grande dilema: buscar aliança com a centro-esquerda (SPD) ou com a extrema-direita (AfD)?

A decisão será crucial para definir a direção política da Alemanha nos próximos anos e o papel do país em temas globais, como a guerra na Ucrânia e o futuro da União Europeia.