No Congresso do Algodão
Elmano defende que Ceará pode voltar a ser um grande produtor de algodão no Brasil
Por Redação IN Poder - Em 03/09/2024 às 6:17 PM
O governador Elmano de Freitas (PT) reafirmou, nesta terça-feira, 3, durante a abertura do 14º Congresso Brasileiro do Algodão, em Fortaleza, o compromisso do Ceará em retomar sua relevância no cenário nacional de produção de algodão. Com foco em parcerias estratégicas e investimentos, Elmano destacou que o estado possui as condições necessárias para se reposicionar como um grande produtor no Brasil. “O Ceará pode, de maneira dialogada, com parceiros, produtores e investidores, voltar a ser um grande produtor nesse País”, declarou o governador, sinalizando um futuro promissor para o setor algodoeiro local.
O evento, realizado no Centro de Eventos do Ceará, reuniu importantes figuras do setor agrícola, como o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel. Também participaram a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, e o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana, entre outros líderes. As discussões giraram em torno dos desafios enfrentados pela cotonicultura no Brasil e das oportunidades de crescimento, especialmente em regiões como o Nordeste, que historicamente teve forte ligação com o cultivo do algodão.
O Ceará, que enfrentou um período de declínio na produção de algodão devido a pragas como o bicudo-do-algodoeiro na década de 1980, agora busca revitalizar o setor. O Elmano enfatizou as vantagens competitivas do estado, incluindo a tecnologia disponível, as condições climáticas favoráveis e a infraestrutura em desenvolvimento, como a ferrovia Transnordestina e o Porto do Pecém. “Temos um dos portos mais modernos do País para exportação, com localização estratégica mais próxima aos Estados Unidos e Europa”, destacou, apontando a logística como um fator chave para o sucesso na exportação do algodão cearense.
Elmano também mencionou a importância da indústria têxtil do Ceará, que continua sendo um dos maiores mercados consumidores de algodão no Brasil. O Nordeste, e o Ceará em particular, sempre tiveram uma forte tradição no cultivo do algodoeiro, tanto pela adaptabilidade da planta ao semiárido quanto pela geração de empregos e produção de matéria-prima para a indústria têxtil. “O Ceará tem uma indústria têxtil que é efetivamente um mercado interno consumidor desse algodão”, reforçou o governador, sinalizando a interdependência entre a produção agrícola e a industrialização no estado.
Para garantir a retomada da cotonicultura, o Governo do Estado está articulando projetos com diversas instituições, como a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), a Embrapa e o Sebrae. A colaboração entre o setor público e privado é vista como essencial para revitalizar a produção de algodão no Ceará, tornando o estado um protagonista no cenário agrícola nacional mais uma vez.
Por fim, o governador assegurou que o Ceará oferece um ambiente favorável para investidores, com políticas de incentivo fiscal que têm sido mantidas de forma estável por mais de duas décadas. Com a recente aprovação da Reforma Tributária, o estado está trabalhando para adaptar seus modelos de incentivos ao novo Fundo de Desenvolvimento Regional, garantindo que o Ceará continue atraente para novos investimentos e preparado para competir no mercado global de algodão.