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O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), comentou nesta segunda-feira, 28, o resultado das eleições municipais em Fortaleza, que confirmou a vitória de Evandro Leitão (PT) sobre André Fernandes (PL).

Durante entrevista concedida à rádio O Povo CBN, o governador destacou que o projeto de Leitão enfrentou uma ampla coligação de forças políticas em apoio a Fernandes e considerou o resultado um sinal de “recuperação do PT” no cenário local.

Elmano apontou que o segundo turno foi marcado por uma aliança que incluía o prefeito José Sarto (PDT), o ex-prefeito Roberto Cláudio, Ciro Gomes (PDT), o senador Tasso Jereissati (PSDB) e o ex-deputado Capitão Wagner (UB).

Segundo o governador, essa coalizão tornou o segundo turno especialmente desafiador para o candidato petista. Ele também lembrou que, ao final do primeiro turno, André Fernandes estava em vantagem, com uma diferença de cerca de 80 mil votos sobre Leitão.

O governador também comentou sobre o crescimento de Leitão ao longo dos últimos dias da disputa. Segundo ele, a campanha conseguiu elevar seu percentual de 34,3% para 50,3%, alcançando uma margem decisiva para a vitória. Para Elmano, o resultado reflete o apoio da população ao projeto conjunto entre o governo estadual, a prefeitura e o governo federal, especialmente voltado a políticas públicas para as áreas de segurança, saúde e educação.

Para Elmano, a eleição representou uma busca por mudança em Fortaleza, mas ressaltou que uma parcela significativa do eleitorado buscava uma “mudança segura”, a qual ele associou à experiência de Evandro Leitão, em contraste com o perfil de Fernandes. Em sua avaliação, o resultado sugere que os eleitores preferiram fortalecer o alinhamento entre Estado, prefeitura e governo federal para concretizar melhorias nos serviços e políticas públicas.

O petista ainda considerou o saldo do PT nas eleições deste ano como razoável. Isto porque o partido obteve resultados melhores do que em 2016 e 2020, mas ainda abaixo do rendimento se comparado o pleito de 2012. A legenda não governava uma capital desde 2016 (Rio Branco) e agora passa a comandar a quarta maior do País.