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O presidente do PSB no Ceará, Eudoro Santana, questionou a condução política do PT em relação à indicação do deputado Fernando Santana (PT) para a presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). Em entrevista, Eudoro apontou a ausência de diálogo com aliados como um fator decisivo para as tensões recentes, incluindo o rompimento anunciado pelo senador Cid Gomes (PSB) com o governador Elmano de Freitas (PT).

Para Eudoro, a escolha de Fernando Santana reflete uma concentração excessiva de poder pelo PT, que atualmente controla a Presidência da República, o governo estadual, uma vaga no Senado e, em breve, a prefeitura de Fortaleza. “Quando se forma uma aliança ampla, como no Ceará, as decisões precisam ser discutidas com os parceiros. Não se pode agir como se apenas um partido fosse responsável pelo projeto político”, afirmou.

O dirigente também destacou que não foi consultado sobre a indicação à Alece, apesar de sua posição no PSB. “A decisão não foi debatida com os aliados, e isso gerou desgaste. É fundamental que o PT reflita sobre seu comportamento e repense sua postura em relação às alianças”, disse. Eudoro apontou ainda que questões como a candidatura de Evandro Leitão (PT) à prefeitura já haviam evidenciado um tratamento desigual aos parceiros de coalizão.

Sobre o rompimento de Cid, Eudoro classificou a decisão como uma posição pessoal, mas reforçou o desejo de manter o senador alinhado ao projeto político do Ceará. Ele negou que Cid deixará o PSB e defendeu que o diálogo é a melhor solução para superar as divergências. “O mais importante é preservar o projeto coletivo que fortaleceu o estado. Isso exige humildade e disposição para avaliar as ações de ambos os lados”, concluiu. As informações são do jornal O Povo.