Prefeito de Fortaleza

Evandro Leitão anula nomeação de 508 guardas municipais realizada no fim da gestão Sarto

Por Redação IN Poder - Em 24/01/2025 às 2:31 PM

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Foto: Divulgação / PMF

O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), anulou a nomeação de 508 guardas municipais realizada pelo ex-prefeito José Sarto (PDT) nos últimos dias de sua gestão. O ato foi oficializado em edição extra do Diário Oficial do Município (DOM) na quarta-feira, 22, com base em parecer da Procuradoria-Geral do Município (PGM), que apontou violação à Lei Eleitoral (Lei Nº 9.504/97). Segundo o parecer, a nomeação ocorreu dentro do período vedado, que restringe atos como nomeações e contratações nos três meses anteriores ao pleito e até a posse dos eleitos.

A anulação foi amplamente justificada pela gestão atual, que anunciou um novo calendário de convocação. Conforme a Prefeitura, os candidatos aprovados no concurso para a Guarda Municipal serão chamados em três etapas: 160 guardas em fevereiro de 2025, outros 160 em janeiro de 2026 e os 188 restantes em agosto de 2026. A administração também abriu prazo de cinco dias úteis para que os interessados apresentem manifestações contra a decisão.

A medida gerou críticas da oposição. O vereador Soldado Noélio (União Brasil) acusou o prefeito de descumprir promessas de campanha e negligenciar a segurança pública em um momento de alta violência. “Em meio à crise na segurança, prefeito decide anular nomeação de 500 guardas municipais em Fortaleza”, afirmou Noélio, destacando problemas recentes em escolas e espaços públicos da cidade. O ex-deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) também criticou a decisão, alegando que a justificativa de falta de recursos é incoerente: “Tem dinheiro, sim”, afirmou.

A nomeação dos guardas, feita em dezembro de 2024 pelo então prefeito Sarto, foi alvo de questionamentos desde o início. Leitão, à época, apontou que o anúncio de novos servidores às vésperas do fim do mandato refletia falta de planejamento e motivação política. Segundo ele, a decisão desconsiderava a situação financeira da Prefeitura, que enfrentava dificuldades para suprir necessidades básicas, como medicamentos e materiais hospitalares.

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