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O deputado estadual Fernando Santana (PT) emergiu como o principal nome para suceder a presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). O aval do governador Elmano de Freitas (PT) para que Santana “trabalhe seu nome” junto aos colegas fortaleceu sua posição na disputa. Desde a reunião com o governador, o petista tem buscado consolidar apoio entre os parlamentares, visando à formação de uma chapa única na Mesa Diretora.

Apesar do avanço, a base governista ainda não chegou a um consenso, com outros nomes, especialmente do PDT, ainda cogitados. A indicação de Santana reflete uma aliança estratégica, considerando que ele ocupa o posto de 1º vice-presidente da Alece, é figura próxima ao ex-governador Camilo Santana e representa o PT, partido que atualmente comanda o Governo Estadual e a Prefeitura de Fortaleza.

Entre as negociações com os aliados, Santana busca apoio dos deputados oposicionistas, que se mobilizam para pressionar pela inclusão de suas demandas. A oposição exige, entre outras pautas, a implementação de emendas impositivas e a abertura das galerias da Alece. As negociações caminham para viabilizar um consenso que contemple mais participação nos cargos de comissão e na Mesa Diretora, demandas centrais para o diálogo com a oposição.

No cenário interno, a escolha de Santana pelo governador Elmano trouxe declarações de apoio por parte de importantes líderes da base governista. O líder do governo na Alece, Romeu Aldigueri (PDT), elogiou o preparo e a experiência do deputado petista, reforçando que sua trajetória como 1º vice-presidente o qualifica para liderar o Parlamento cearense. Já o deputado Agenor Neto (MDB) destacou a necessidade de compor a Mesa Diretora de forma mais inclusiva, apontando que sua experiência de quatro mandatos e forte votação o credenciam para tal.

Parlamentares da oposição também indicaram disposição para dialogar com Santana. Deputados como Dra. Silvana (PL) e Sargento Reginauro (União) destacaram a importância de atender às pautas da oposição, com a implementação das emendas impositivas como um ponto de interesse comum, visando beneficiar diretamente os eleitores de cada deputado.

Santana tem até dezembro para construir uma chapa consensual e evitar uma disputa aberta. Caso se concretize o consenso, a eleição deve ocorrer na primeira semana do mês, e o novo presidente assumirá o comando da Alece durante o biênio 2025-2026. As articulações para fechar os últimos detalhes da composição devem ser intensificadas nos próximos dias, enquanto a oposição ainda observa o desdobramento das negociações na base governista.

O futuro da presidência da Alece está entrelaçado a acordos com lideranças influentes como o ministro Camilo e o senador Cid. Essas articulações refletem também um cenário maior de equilíbrio entre PDT e PT, com desdobramentos que impactarão as relações institucionais e a governabilidade na Casa Legislativa do Ceará.