(Foto: Junior Pio)

Deputado estadual e ex-prefeito de Maracanaú, Firmo Camurça (União Brasil) é um dos quatro parlamentares da sigla com cadeiras na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). E apesar de figurar numa legenda que foi antagônica a candidatura de Elmano Freitas (PT) ao Governo do Ceará em 2022, Firmo tem votado a favor das mensagens enviadas pelo Palácio da Abolição.

Em entrevista ao IN Poder nessa quinta-feira, 16, o parlamentar disse ter assumido posição de independência dentro da Alece. Ocorre que o União Brasil concorreu ao Abolição no pleito passado com Capitão Wagner, que ficou em segundo lugar na disputa contra Elmano, e é considerado um partido mais alinhado as pautas de direita.

“Eu sou do União Brasil, mas estou ocupando uma postura de independência. Então, estou votando no que a gente acha conveniente. O governo está iniciando agora e nós estamos dando crédito ao governo Elmano de Freitas, para que possa fazer um bom governo. Porque isso é bom para os nossos municípios, mas acima de tudo, nosso Estado”, afirmou à reportagem.

Firmo revela que sua posição foi informada à cúpula do União no Ceará, que tem como presidente Wagner, atual secretário de Saúde de Maracanaú. Segundo o deputado, além dele, a deputada federal Fernanda Pessoa também afirmou posicionamento independente, e ambos não foram persuadidos a mudarem de opinião.

“A gente se reuniu. Eu falei da minha posição e eles três – são quatro deputados – disseram que iriam adotar um comportamento. E avisei que o meu seria diferente. Não vou assumir o governo (apoio), mas estou votando (a favor), praticamente, em grande parte dos projetos de ordem do Governo do Estado”, ressaltou.

“Sou independente, mas estou dando crédito ao governo Elmano”, reafirmou Camurça. Além dele, integram o quadro de deputados estaduais pelo União os deputados Felipe Mota, Dr. Oscar Rodrigues e Sargento Reginauro.

Sobre as divergências dentro do partido sobre qual posicionamento adotar tanto na Assembleia quanto na Câmara dos Deputados, no caso de Fernanda, Firmo considera que isso “é natural” e faz parte do processo democrático de cada partido.

“Veja o PT, por exemplo, tem várias alas dentro dele e, às vezes, as pessoas pensam diferente. E nesse momento estamos pensando diferente. Como a nível federal também. Deputada Fernanda (Pessoa) também pensa diferente. Isso é legítimo partidariamente, é respeitoso. Mas o partido tomou conhecimento das nossas posições”, finalizou.