Diversificar a matriz energética pode elevar não apenas o nível de competitividade econômica do Estado, mas também assegurar um futuro mais sustentável. Com esse propósito, a Companhia de Gás Natural do Ceará (Cegás) investe na distribuição de biometano (Gás Natural Renovável ou GNR) para fortalecer o desenvolvimento regional.

Além disso, oferece uma alternativa de energia mais limpa aos cearenses, pois o biometano deriva do processo de limpeza e purificação do biogás, uma fonte de energia renovável gerada a partir da decomposição da matéria orgânica proveniente de propriedades rurais, lodos de esgoto, lixo doméstico e afluentes industriais. Portanto, é um combustível limpo que pode ser utilizado para uso doméstico, industrial ou veicular, substituindo os combustíveis fósseis.

Tecnologia do biometano pode ser levada para o Hidrogênio Verde                 Foto: Divulgação

O presidente da Cegás, Hugo Figueirêdo, explica que a ideia do projeto de distribuição de biometano surgiu, ainda em 2014, quando a instituição recebeu uma demanda de empreendedores cearenses. Segundo ele, foi sugerido a utilização de resíduos sólidos do Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (ASMOC), localizado na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Uma Parceria Público-Privada entre Cegás, Prefeitura de Fortaleza e a Gás Natural Renovável Fortaleza, usina dos grupos Marquise Ambiental e Ecometano, viabilizou o gasoduto, que tem 23 quilômetros de extensão, a Estação de Transferência e da Planta de Produção de GNR.

A experiência exitosa com o biometano pode contribuir para o desenvolvimento de outra iniciativa pioneira capitaneada pelo Governo do Ceará, o Hub de H2V. “Dialoga com essa nova frente de sustentabilidade, o Hidrogênio Verde, que está incluído no Atlas do Gás Renovável. Toda a experiência que tivemos em colocar o GNR na rede, podemos aproveitar e replicar essa experiência do ponto de vista regulatório, operacional e fiscal, a fim de transferir para o Hidrogênio Verde”, disse.

Ele salientou, ainda, que as etapas para que se possa chegar ao consumidor final são muito semelhantes. “Neste momento, estamos discutindo com parceiros que têm nos procurado para avançar com projetos-pilotos de distribuição de Hidrogênio Verde, seja 100% entregue a determinado cliente, seja injetado na rede”, completou Hugo Figueirêdo.