O Governo do Ceará e a Alece “Assembleia Legislativa do Estado do Ceará) firmaram um acordo para a fabricação de ecobags a partir do reaproveitamento de lonas utilizadas em eventos institucionais. A parceria foi formada pelo Estado, por meio da Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Cosipe), da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), e pela Alece, por meio da sua Coordenadoria de Comunicação e da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental.

Ecobags são fabricadas por detentos, com lonas utilizadas em eventos

A ação sustentável gera impactos positivos ao meio ambiente e ao social, pois as bolsas foram produzidas por internos do sistema prisional do Estado do Ceará. A matéria-prima foi enviada aos detentos da Unidade Prisional Professor Olavo Oliveira 2 (UPPOO 2), que fazem parte do projeto ‘Mãos que reciclam’, para a produção das ecobags, entregues prontas nesta semana. As bolsas serão destinadas às pessoas que mais se destacaram em ações ambientais dentro da Assembleia Legislativa.

De acordo com o engenheiro ambiental Yuri Passos, supervisor da Célula de Sustentabilidade e Gestão Ambiental da Alece, a ação é muito positiva. “Essa foi uma forma que a gente encontrou de utilizar essas lonas utilizadas nos eventos da Alece e produzir as ecobags, ajudando na diminuição dos plásticos descartados, dando ainda um tratamento adequado ao resíduo que a gente gerou. Tem também o aspecto social, porque apoia a população apenada, que produziu as bolsas. Então, é uma forma também dos detentos trabalharem, terem essa atividade”, afirma.

Yuri diz ainda que os servidores de cada setor da Casa foram motivados a separar e a entregar as lonas institucionais ao Núcleo de Publicidade para a confecção de uma nova leva de ecobags: “É uma destinação adequada, correta, e ainda incentiva o hábito da reutilização, da reciclagem e do reaproveitamento”, pontua.

O policial penal Alexandre Pirajá, supervisor da Cosipe, destaca a importância da iniciativa no fortalecimento da segurança interna das unidades prisionais e para os próprios detentos. “Eles estão com a mente ocupada, que é um fato que fortalece a segurança penitenciária. Além disso, também estão remindo a pena, porque a cada três dias trabalhados, é um dia a menos da pena. E tem a questão do meio ambiente, pois o resíduo que iria para o lixo acaba tendo uma sobrevida”, ressalta.