Em reunião com Luis Arce,
Lula destaca integração regional em visita à Bolívia após entrada do país no Mercosul
Por Redação IN Poder - Em 09/07/2024 às 6:49 PM
Um dia após a Bolívia formalizar seu ingresso no Mercosul, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reuniu com o presidente boliviano, Luis Arce, em Santa Cruz de La Sierra, nesta terça-feira, 9. Durante o encontro, Lula afirmou que a reunião inaugura uma “nova era” na relação entre Brasil e Bolívia, destacando a importância da integração regional para o desenvolvimento sul-americano.
“Não existe saída individual para nenhum país na América do Sul. Ou nos unimos e tomamos decisões conjuntas, ou continuaremos sendo países em desenvolvimento por mais um século,” disse Lula. O presidente brasileiro também anunciou acordos de cooperação em saúde e combate ao crime organizado, além de projetos de infraestrutura como uma fábrica de fertilizantes na fronteira e a construção de uma ponte binacional sobre o Rio Mamoré.
Luis Arce enfatizou a necessidade de melhorar as conexões rodoviárias e ferroviárias entre os países para facilitar o acesso aos oceanos Pacífico e Atlântico. “A integração física é fundamental para encurtar distâncias e enfrentar os problemas da região. A Bolívia, no coração da América do Sul, quer ser um player importante nesse processo,” afirmou.
Lula também abordou a recente tentativa de golpe militar na Bolívia, destacando a importância de defender a democracia. “A Bolívia não pode voltar a cair na armadilha do autoritarismo. Temos a responsabilidade de proteger a democracia contra tentativas de retrocesso,” afirmou. Arce acrescentou que a manifestação de apoio do Brasil, representado por Lula, teve um peso significativo.
Antes de retornar a Brasília, Lula participará de um fórum de empresários brasileiros e bolivianos em Santa Cruz. Ele também convidou a Bolívia para a reunião de cúpula do G20 em novembro, no Rio de Janeiro, e mencionou o interesse boliviano em ingressar no Brics, bloco que recentemente foi ampliado para incluir novos membros como Arábia Saudita e Egito.