ESTRUTURA DE FIBRA ÓPTICA
Mauro Filho afirma que a conectividade torna o Ceará bastante competitivo
Por Marcelo - Última Atualização 6 de outubro de 2021
O secretário do Planejamento e Gestão do Governo do Ceará, Mauro Filho, destacou a a importância do programa Ceará Conectado para democratizar o acesso à internet, apoiar a transformação digital no setor público e gerar mais competitividade no Estado.“Estamos transformando a rede pública de fibra óptica do Ceará na maior do Brasil”, explicou.
O programa, lançado pelo Governo do Ceará, será executado pela Seplag, por meio da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), com o objetivo de conectar com fibra óptica todos os 184 municípios cearenses, oferecendo serviço gratuito de internet, via wi-fi, em praça pública. Com investimento de mais R$ 67 milhões, a iniciativa também deve conectar equipamentos e serviços públicos, beneficiando toda a população cearense.
“Vai ter wi-fi grátis, com velocidade sem limites, porque é fibra óptica. O que o aparelho suportar é o que vai ser oferecido. A fibra óptica dá essa capacidade de velocidade ilimitada. Com isso, vamos poder conectar escolas e postos de saúde. Boa parte das escolas hoje tem internet via rádio. Com a fibra óptica, vamos dar mais eficiência aos estudos e pesquisas”, explicou o titular da Seplag.
Para garantir essa conectividade, a infraestrutura do Cinturão Digital do Ceará (CDC), rede pública de internet do Estado, criada em 2007, será ampliada em cerca de 60%, chegando a 7.046 quilômetros. “Nós vamos, em um prazo máximo de até março do próximo ano, levar internet para 111 municípios, porque hoje já temos em 73 cidades”, garantiu o secretário.
A expansão será coordenada pela Etice, que é responsável pelo Cinturão Digital. De acordo com o presidente da empresa, Lassance de Castro, a estratégia será contemplada pela infraestrutura dos 16 cabos submarinos de fibra óptica e data centers localizados no Estado. Segundo ele, Fortaleza é uma das três cidades com mais cabos submarinos de fibra óptica do mundo. A expectativa é que mais dois cabos sejam ancorados na Capital, totalizando 18. Os cabos ligam Fortaleza a Colômbia, Venezuela, Ilhas Bermudas, Estados Unidos, Camarões, Portugal, Espanha, Senegal, Cabo Verde, Argentina, Guiana Francesa, entre outros.
Os mais recentes cabos submarinos que entraram em operação comercial – em junho deste ano, a partir de Fortaleza –, foram os da empresa portuguesa EllaLink. Os dois novos cabos conectam o Brasil, a Sines, em Portugal, operando com capacidade de 100 terabits por segundo. A estrutura é a primeira a ligar diretamente o Brasil ao continente europeu, sem depender de conexão via Estados Unidos.
Para o titular da Seplag, a competitividade no setor de provedores de internet é outro benefício que pode ser obtido a partir dessa infraestrutura. “Teremos condições de os provedores do Ceará aproveitarem essa velocidade. E o bom disso é dar uma maior competitividade na prestação desse serviço. Com mais cabos operando, podemos ter concorrência de preço”, completou Mauro Filho.