Alimentação Escolar

MEC – Merenda escolar poderá ter no máximo 15% de alimentos ultraprocessados

Por Oceli Lopes - Em 05/02/2025 às 6:04 AM

Camilo, Lula,

Primeira-Dama, Janja Silva; presidente Lula e ministro Camilo na abertura do 6º Pnae. Foto: Ângelo Miguel/MEC.

O governo federal reduzirá para 15% o limite de alimentos processados e ultraprocessados no cardápio das escolas públicas brasileiras em 2025, taxa que cairá para 10% em 2026.

O anúncio foi feito pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), durante o 6º Encontro Nacional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O evento acontece dias 4 e 5 de fevereiro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF).

“Nós sabemos dos impactos desses alimentos na alimentação dessas crianças, o problema da obesidade que temos hoje; então, é um enfrentamento a isso. O Pnae quer garantir qualidade nessa alimentação”, afirmou o ministro Camilo.

“Ninguém pode garantir uma boa escola, qualidade da aprendizagem, se não houver uma boa alimentação em cada escola, para as crianças, adolescentes e jovens deste país. Isso é fundamental!”, acrescentou o ministro.

Por sua vez, o presidente Lula disse: “Quando a gente investe na alimentação escolar é porque ninguém consegue estudar de barriga vazia, ninguém. Uma criança que sai de casa sem tomar café, que não jantou uma janta de qualidade, com as calorias e as proteínas necessárias a noite, o que essa criança vai aprender na escola? Quem nunca passou fome não sabe o que é capacidade de não aprender nada quando a gente está com fome. Porque é duro”.

A iniciativa impacta 40 milhões de alunos em quase 150 mil escolas públicas, que fornecem aproximadamente 10 bilhões de refeições por ano. “São crianças que andam de barco por horas, que caminham quilômetros nos rincões mais distantes desta terra imensa em direção à escola e, que ao chegarem, têm certeza de que uma alimentação digna as espera”, afirmou a presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba.

“Para as nossas crianças e jovens aprenderem de verdade, é preciso que elas tenham alimentação saudável”, arrematou Camilo Santana anunciando outra medidas importantes que vão garantir comida de qualidade no prato dos estudantes:

Criação de um programa de capacitação para merendeiras e nutricionistas, coordenado pela primeira-dama Janja Silva.

Prioridade para aquisição de alimentos da agricultura familiar, principalmente de mulheres agricultoras.

Reajuste do valor per capita dos alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Com informações do site do MEC.

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