Eleição na Alece
Oposição articula chapa para disputar a presidência da Assembleia Legislativa do Ceará
Por Redação IN Poder - Em 08/11/2024 às 2:37 PM
A corrida pela presidência da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) ganhou novo impulso com a articulação da oposição, que busca formar uma chapa independente para a próxima Mesa Diretora. Deputados contrários à base governista reuniram 11 parlamentares, formando o número necessário para formalizar uma candidatura. Com essa coalizão, o grupo oposicionista demonstra força e disposição para desafiar a base, em um movimento inédito que pode trazer maior equilíbrio às decisões da Casa.
A formação dessa chapa opositora chamou a atenção até de deputados próximos ao governo, que têm buscado informações sobre as tratativas da oposição. Embora ainda sem nomes definidos, o grupo defende que uma mulher represente o bloco como candidata à presidência da Alece, numa estratégia que pode atrair simpatia e ampliar o alcance de sua candidatura. Essa possibilidade vem sendo discutida nos bastidores e é vista como uma mudança de tom em meio à tradicional disputa pelo controle do legislativo estadual.
Na base aliada, a sucessão de Evandro Leitão (PT), recém-eleito prefeito de Fortaleza, também movimenta o cenário. Com o apoio do governador Elmano de Freitas (PT), do ministro da Educação Camilo Santana (PT) e do senador Cid Gomes (PSB), lideranças governistas têm se articulado para escolher um nome que assegure a continuidade das pautas da gestão estadual. Evandro, que deixa a presidência, participará ativamente das articulações, visando uma transição alinhada com as diretrizes do governo.
Entre os nomes mais cotados para a presidência da Casa estão Fernando Santana (PT), atual 1º vice-presidente que assumirá a função interinamente; Romeu Aldigueri (PDT), líder do governo na Alece; Osmar Baquit (PDT); Salmito Filho (PDT), atual secretário do Desenvolvimento Econômico; Sérgio Aguiar (PDT); e Guilherme Landim (PDT). A expectativa é que a escolha se defina em consenso dentro da base, embora o avanço da oposição com uma chapa independente adicione incertezas à disputa.
Com a eleição marcada para o fim do ano, o cenário permanece aberto, e a possibilidade de uma chapa alternativa à base governista aumenta o interesse pela disputa. Tanto a oposição quanto a base prometem acirrar o debate sobre questões essenciais, como a distribuição de comissões e a destinação de emendas impositivas, que devem ser prioridades na agenda legislativa de 2025.